Trotes representam 23% das ligações recebidas pelo Samu estadual em 2021
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 43.922 mil chamadas de janeiro a dezembro de 2021. Desse número, 10.094 ligações foram feitas com o intuito de ludibriar os socorristas. Em 2020, o percentual de trotes também foi de 23% das 44.136 ligações atendidas durante o ano. O prejuízo gerado pelos trotes reflete nos recursos gastos pelo serviço quando uma viatura é acionada para atender uma ocorrência falsa, mas podem ocasionar maiores danos à população. As ligações falsas ocupam as linhas enquanto os atendentes tentam identificar a veracidade da ocorrência e também podem resultar no envio desnecessário de uma equipe. “A prática preocupa pela possibilidade de uma viatura ser enviada para prestar socorro a uma falsa urgência enquanto alguém que realmente precisa pode morrer sem o atendimento adequado”, alertou a diretora do Samu, Eberenice Ferreira.
Através de perguntas pontuais, a triagem realizada pelos atendentes do Samu estudal ajuda a identificar, em grande parte dos casos, quando a ocorrência é falsa. Em trotes que relatam casos clínicos, por exemplo, as pessoas se contradizem ao responder as perguntas lançados pelos telefonistas. “Nossa triagem dificulta a persistência das pessoas com o trote, o que é um fator importante para impedir que ambulâncias sejam enviadas para ocorrências falsas “, relatou a diretora.
A enfermeira do Samu, Berta Rocha, ressalta que a conscientização é determinante para barrar a prática de trotes. “Pais e responsáveis devem orientar crianças e adolescentes sobre o trabalho executado pelo Samu e, principalmente, sobre quando acionar o serviço”, completou.
Como e quando acionar o Samu
O serviço do Samu pode ser acionado através do número 192. As ligações são atendidas por telefonistas que anotam as informações do local, detalhes da emergência médica ou acidente.
Após o atendimento, o caso é repassado a um médico que faz a regulação da ocorrência, presta orientações de primeiros socorros e decide o tipo de ambulância a ser enviada para a assistência. As ambulâncias possuem uma equipe composta por: um condutor, um técnico em enfermagem, um enfermeiro e um médico.
Os socorristas atendem emergências clínicas e acidentes, tais como: dores repentinas no peito, envenenamento, perda de consciência, desmaio, hemorragia, crises convulsivas, acidentes de trânsito, acidentes por arma de fogo ou arma branca, quedas com ferimentos e fraturas, ataques de animais, afogamento, queimaduras, entre outros.
Texto e foto: Ascom/ Gea