Tribunal do Júri de Santana condena homem a 22 anos e 6 meses de prisão por homicídio de enteada de 3 anos

O Tribunal do Júri de Santana condenou Ediomar da Mota Moraes a 22 anos e 6 meses de reclusão pela morte da enteada de 3 anos em agosto de 2000. A pena imposta foi por homicídio qualificado.

O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 7, sob a condução da juíza substituta Sara Zolandek, que determinou ainda pagamento de taxa judiciária e custas processuais.

Ao todo foram ouvidas três testemunhas e informantes, uma delas por videoconferência por residir atualmente na Holanda.

Sobre o crime

De acordo com os autos do processo, no dia 12 de agosto de 2000, Ediomar foi à casa da ex-companheira por volta das 0h. Nesse momento, a mãe da criança terminava de se arrumar para ir a um aniversário e a filha ficaria ao cuidado de dois parentes.

Com a saída da mãe, o réu, movido por sentimento de vingança, travou luta corporal com as pessoas e arrombou a porta do quarto da enteada, que dormia no momento. Ediomar levou a menina e a jogou no Rio Amazonas. A criança veio a óbito devido à asfixia mecânica por afogamento. O acusado ficou foragido por 18 anos, tendo sido preso em 2018, no estado do Pará.

O conselho de sentença reconheceu as três qualificadoras do crime: motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O julgamento estava incluído no cronograma do Mês Nacional do Júri, que começou na última segunda-feira, 6 de outubro.

A iniciativa é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determinou esforço concentrado no mês de novembro para que os tribunais de justiça de todo o país julguem crimes dolosos contra a vida com o objetivo de dar maior celeridade processual.

Foto: Tjap/Divulgação