SVS no AP monitora família diagnosticada com Doença de Chagas no interior do Pará
Cinco pessoas da mesma família que veio do município de Breves, no Pará, foram diagnosticadas com a Doença de Chagas e estão sendo monitoradas no Amapá.
A Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado (SVS-AP) acompanha o caso. Segundo investigação epidemiológica realizada, a família teria consumido açaí supostamente contaminado e contraído a doença.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), explicou que das cinco pessoas diagnosticadas com a doença, uma tem dois anos de idade, o segundo é um adolescente e três são adultos.
A criança e o adolescente apresentaram os primeiros sintomas na semana passada e estão internados no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) com quadro clinico estável. Os três adultos procuraram por atendimento em uma Unidade Básica de Saúde na última terça-feira, 12, e foram encaminhados ao Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT).
Um comunicado epidemiológico foi enviado ao Ministério da Saúde e às unidades de saúde de Macapá. Segundo dados da SVS-AP, 173 casos suspeitos de Doença de Chagas foram registrados em 2023, sendo 22 confirmados no Amapá. A maior parte deles foi na capital, Macapá, com 19 registros, seguido de Santana com três diagnósticos.
“A Região Norte é considerada endêmica. Este período do ano é considerado sazonal para a ocorrência da doença”, informou Solange Sacramento Costa, gerente do Cievs.
Doença de Chagas
A doença é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que tem como vetor o inseto “barbeiro”, quando contaminado. A transmissão ocorre após o inseto picar um animal silvestre infectado e depois transmite a doença para seres humanos.
A principal ação ao se deparar com um barbeiro é não matar e acionar a equipe do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) para recolher o inseto e evitar a contaminação pelo sangue.
Basta coletar o inseto vivo em sacos plásticos ou potes de vidro e encaminhá-los para um dos polos de pesquisa do Iepa, na Avenida Feliciano Coelho, no bairro do Trem, ou na Rodovia JK, na Fazendinha.
A pessoa contaminada pode apresentar sintomas como inflamação de face ou membros, inflamação dos gânglios linfáticos (nódulos no pescoço, axilas ou virilha), fígado e baço aumentado, dores no corpo, diarreia, vomito, hemorragia, cardiopatia aguda e coloração amarelada da pele.
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