Réu é condenado a 12 anos de prisão por matar homem em bar em Pedra Branca
Antônio José Monteiro da Silva, conhecido como Diego, foi condenado na terça-feira, 25, pelo crime de homicídio qualificado em Pedra Branca do Amapari. O Tribunal do Júri da Comarca do município o considerou culpado pelo assassinato de Joaquim Lopes Cavalcante Neto, ocorrido entre a noite de 19 e a madrugada de 20 de março de 2022, no Bar do Papagaio, na Comunidade do Riozinho.
O julgamento foi conduzido pelo juiz Roberval Pantoja Pacheco, com atuação do promotor de justiça Vitor Medeiros dos Reis, responsável pela Promotoria da Comarca. A acusação foi sustentada com base no inquérito policial e nas provas reunidas ao longo da investigação. A defesa do réu alegou legítima defesa, mas o argumento não foi aceito pelo Conselho de Sentença.
O crime
Na noite dos fatos, a vítima consumia bebida alcoólica no bar quando iniciou uma discussão com um terceiro identificado como Railson. Durante o confronto, Joaquim Lopes teria pegado uma faca, enquanto Railson se armou com um pedaço de pau. O denunciado tentou intervir na briga e, no meio do tumulto, percebeu o desaparecimento de seu relógio.
Diante disso, foi até sua casa, pegou uma espingarda e um terçado, e retornou ao local exigindo a devolução do objeto. A vítima se recusou a entregar o acessório, o que resultou em nova discussão. No auge do confronto, o acusado disparou contra o abdômen de Joaquim, que ainda tentou reagir, mas foi golpeado com faca e atingido na cabeça com o cano da espingarda.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O acusado fugiu após o crime, sendo preso em abril de 2022. Em depoimento, confessou o homicídio, alegando legítima defesa.
O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria do crime, além das qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Antônio José foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado e ao pagamento de R$ 5.000,00 em indenização aos familiares da vítima.
Foto: MP-AP/Divulgação
