Polícia indicia homem por latrocínio de motorista de aplicativo em Macapá

A Polícia Civil segue na elucidação do caso de latrocínio que vitimou o motorista de aplicativo Ualax Bruno de Almeida da Silva, de 28 anos. Após meses de investigação, a corporação indiciou na terça-feira, 11, o mandante do crime, que passa a ser foragido.

Os indícios levaram até um homem de apelido “Soldado”. Segundo a polícia, ele foi o responsável por todo o planejamento do crime, que contou com apoio de um menor, que confessou ser o atirador, e de uma mulher, que se solicitou a corrida do motorista de aplicativo e o levou a para a emboscada.

Agora, a Delegacia Especializada de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) busca o paradeiro do mandante do latrocínio, também indiciado pelo crime de corrupção de menores. A população pode colaborar com informações por meio de denúncia anônima no número (96) 98430-9898.

“É importante frisar que houve inicialmente uma suspeita de que o caso poderia se tratar de uma execução ou de um acerto de contas entre as partes, mas ao final das investigações, descartamos tais hipóteses e sustentamos a tese de roubo seguido de morte”, disse o delegado Leonardo Alves, da DECCP.

O caso

O motorista de aplicativo Ualax Bruno de Almeida da Silva morreu ao levar tiros em assalto após uma corrida. A vítima teve o carro levado por dois homens e uma mulher que se passavam como passageiros. O caso aconteceu em 3 de março deste ano.

Segundo a investigação, uma mulher solicitou a corrida em Santana até Macapá. A vítima foi até o local combinado e, desconfiado com a situação, levou um amigo na corrida – ele também chegou a ser baleado durante o anúncio de assalto.

Ao chegar até o início da corrida, o motorista reconheceu o menor, o que deixou ele um pouco menos desconfiado. Mas, ao finalizar o serviço de transporte no bairro Jardim Marco Zero, na zona sul da capital, o adolescente atirou contra Ualax, que faleceu na hora, e no amigo dele, que sobreviveu ao se fingir de morto.

Desdobramento

Dois dias após o crime, o veículo de Ualax foi identificado na posse de um homem, que passou a responder pelo crime de receptação de produto oriundo de furto ou roubo. Ele alegou não ter relação com o latrocínio.

No dia 16 de março, o adolescente foi apreendido durante a operação “Asfixia”, também da Polícia Civil e que tem como principal objetivo combater o crime organizado, a violência e o tráfico de drogas. O menor estava em posse de uma arma de fogo e porções de entorpecentes.

O adolescente foi levado ao Centro de Internação Provisória (CIP). Em depoimento na Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai), ele assumiu a autoria dos disparos e confirmou que conhecia a vítima antes do crime, o que levou a investigação a um possível “acerto de contas”, mas essa linha foi descartada.

A mulher envolvida também foi encontrada e foi indiciada como coautora do latrocínio.

Foto: Arquivo Pessoal/delegado Leonardo Alves