Polícia Civil do AP indicia cinco por golpe da falsa venda de imóvel através de rede social

A Polícia Civil do Amapá indiciou cinco pessoas por aplicarem o golpe da falsa venda de imóvel em Macapá através de anúncio em uma rede social.

De acordo com o delegado Anderson Silwan, titular da Delegacia de Repressão a Fraude Eletrônica, a vítima chegou a transferir R$ 10 mil para os golpistas. O boletim de ocorrência foi registrado em dezembro de 2023.

“Após ver o anúncio da venda de uma casa no Loteamento Amazonas pela quantia de R$ 10 mil, a vítima entrou em contato com o anunciante para negociação. O anunciante alegou que não tinha a documentação em mãos, mas repassou o número de telefone da suposta antiga dona do imóvel para que a vítima confirmasse a procedência do bem. Essa suposta antiga dona confirmou ter vendido o imóvel ao anunciante e apresentou a documentação da venda, tendo a vítima, ao final, fechado e formalizado o negócio em um cartório. Na oportunidade, o anunciante foi acompanhado de uma mulher, apresentada como sua esposa, que foi quem recebeu os valores da venda em sua conta bancária”, detalhou o delegado.

A vítima só percebeu que caiu no golpe, no dia seguinte, quando a verdadeira do imóvel dona apareceu na casa.

“Após as investigações, foi verificado que o anunciante criou perfis ‘fake’ para aplicar golpes. A suposta antiga dona era uma técnica de enfermagem que recebia o dinheiro para confirmar a procedência do bem e apresentar a documentação da venda anterior, com o auxílio de outra mulher, a qual assinava os documentos. A mulher que acompanhava o anunciante no cartório era, na verdade, sua irmã, que recebia para ceder sua conta bancária pessoal”, destacou o delegado.

Segundo a PC, o investigado responsável pelos anúncios confessou a ação criminosa e indicou outro envolvido, que seria o mentor intelectual e o antigo dono do imóvel, o qual, inclusive, teria vendido o bem para a outra mulher que também alegava ser a dona da residência.

As cinco pessoas foram indiciadas por fraude eletrônica, associação criminosa e falsificação de documento particular.

Foto: Polícia Civil/Reprodução