Polícia Civil do Amapá prende parte de organização criminosa que falsificava diplomas da Ueap

Na manhã dessa quinta-feira, 4, a Polícia Civil do Amapá, por meio da Divisão Especial de Combate à Corrupção (DECOR), deflagrou a primeira fase da OPERAÇÃO GRADUATIO, prendeu 4 pessoas e apreendeu diversos documentos, dinheiro e munições, no município de Macapá.
De acordo com o Delegado José Manoel Pacheco, titular da DECOR, a ação policial é oriunda da investigação de um grupo criminoso instalado na Universidade Estadual do Amapá (UEAP), responsável por falsificações de diplomas, registros de diplomas e certificados de graduação irregulares e desvio de taxas cobradas pela instituição.


“A direção da UEAP nos provocou acerca dessa suposta engrenagem criminosa que estava ocorrendo dentro da instituição, que era o registro de diplomas e emissão de certificados falsificados. A Polícia Civil dos estados de Mato Grosso, Pernambuco e Goiás nos comunicou acerca de diplomas de autenticidade duvidosa que nesses locais estavam e pediram informações sobre a existência de investigação sobre isso”, disse o Delegado.
O Delegado informou ainda que, o grupo criminoso lucrou mais de R$ 15 milhões com o registro de aproximadamente 62 mil certificados de forma indevida em 7 anos.


“Algumas instituições privadas de outros estados encaminhavam certificados de conclusão para a UEAP para ter acesso ao registro de forma irregular. Foi possível constatar que servidores estavam cobrando valores indevidos para fazer esse serviço. O serviço é legítimo, em média é cobrado o valor de R$ 70. Porém, os servidores cobravam um valor bem acima e não recolhiam as taxas devidas”, frisou o Delegado-Geral Uberlândio Gomes.


Nessa primeira fase da operação, foram identificados os “cabeças” do grupo criminoso, bem como familiares deles que criaram empresas de ensino privado para dar vasão aos registros de diplomas que vinham de outros estados, tendo, inclusive, criado um site, onde a autenticidade do diploma podia ser verificada. Os documentos apreendidos, inclusive, comprovantes de depósitos e transferências bancárias de altos valores, serão utilizados para comprovar a materialidade dos crimes investigados. Além disso, já foram ouvidas testemunhas que trabalham na UEAP, que relataram como funcionava o esquema criminoso.

Texto e foto: Ascom/Polícia Civil do Amapá