PF investiga esquema de venda ilegal de arma de fogo e agiotagem no AP
A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, 21, em Macapá e Ferreira Gomes, durante a operação “Ricochete”, que apura a atuação de indivíduos suspeitos de comercializar, de forma ilegal, armas de fogo no estado.
Segundo a PF, um dos indivíduos também é suspeito de praticar o crime de usura, que é quando uma pessoa empresta dinheiro cobrando juros muito acima do permitido pela lei.
A ação de hoje é um desdobramento da operação “Petrov”, quando durante buscas na casa de um dos investigados, os policiais se depararam com conversas em aparelho celular do suspeito com uma terceira pessoa, com o objetivo de comercializar arma de fogo de forma irregular.
Com essa informação, a PF iniciou uma nova investigação para apurar os fatos encontrados e descobrir quem era o homem que estaria comercializando as armas. Foi então que os policiais identificaram que dois investigados poderiam estar associados para praticar essa venda irregular no estado.
Segundo a Polícia Federal, os suspeitos não possuem qualquer autorização para vender, portar ou armazenar armas de fogo e que, entre as armas que supostamente eles comercializaram, muitas não possuíam registro ou estariam com a numeração raspada.
De acordo com as investigações, além do comércio ilegal das armas de fogo, um dos investigados estaria em um outro esquema de agiotagem, sendo responsável pelas cobranças dos empréstimos a juros abusivos, enquanto um outro envolvido era responsável por emprestar o dinheiro e fazer o controle das finanças.
Os investigados poderão responder pelos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e usura. Em caso de condenação, poderão pegar pena de mais de 14 anos de reclusão, mais pagamento de multa.
A operação “Ricochete” contou com o apoio do 1º Batalhão da Polícia Militar (PM).
Veja abaixo a entrevista do delegado João Siqueira:
Fotos e vídeos: Polícia Federal/Divulgação