PF deflagra operação contra fraude no Seguro-Desemprego em Macapá
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 4, a operação RedeX, contra fraudes da obtenção e recebimento do benefício do Seguro-Desemprego, do governo federal, que garante assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente.
A ação aconteceu em cinco estados, nas cidades de Macapá (AP), Jataí (GO), Cuiabá (MT), Sinop (MT), Parauapebas (PA), Redenção (PA) e São Luís (MA).
Segundo a PF, as investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de benefícios do Seguro-Desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas de diversas cidades.
Modus operandi
A polícia aponta que o grupo criminoso, primeiramente, recrutava servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de vantagens indevidas (propina).
Com a participação de agentes públicos, informações falsas eram inseridas no sistema do MTE ou as senhas eram informadas para que outras pessoas o fizessem.
A partir daí, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a interpostas pessoas (laranjas), que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso.
RedeX
Durante a investigação, foram confirmados, até agora, 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, o que representa o prejuízo de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos. A PF estima que o prejuízo evitado, com a neutralização da atividade criminosa, seja de mais R$ 7,2 milhões.
Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).
A PF informou que o município de Redenção, no interior do Pará, é o local de moradia da maioria dos investigados (não foi informado o número), o que deu referência ao nome da operação, somado a letra X, simbolizando o sinal de multiplicação, diante do crescimento significativo das fraudes, em prejuízo aos cofres públicos.
Fotos e vídeo: Polícia Federal/Divulgação