Petrobras apresenta estrutura de pronta resposta para eventuais acidentes durante pesquisa na costa do AP

A Petrobras apresentou ao governador Clécio Luís, nesta quarta-feira, 29, a estrutura de pronta resposta para eventuais acidentes durante a pesquisa e futura exploração de petróleo na costa do Amapá.

A iniciativa atende aos requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no processo de licenciamento ambiental da área e inclui diversos equipamentos de resposta a acidentes, como uma sonda, 12 embarcações, três helicópteros, um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna. O primeiro centro, localizado em Belém, já opera desde 2023, e o segundo, em Oiapoque, deverá ser finalizado no primeiro trimestre de 2025.

“A construção da unidade de fauna em Oiapoque foi licenciada pela nossa Secretaria de Estado do Meio Ambiente, atendendo a todos os requisitos, e deve ser concluída em março. Se esse era o último requisito, ele deveria ter sido colocado como condicionante, para que pudéssemos nos preparar da melhor maneira possível, sem abrir mão das questões ambientais. Não há incompatibilidade nesse sentido”, destacou Clécio Luís. 

As duas bases de acolhimento à fauna são as últimas condições para que a Petrobras consiga a licença para a exploração do petróleo na região. Em outubro do ano passado, o Ibama indeferiu o pedido de exploração da Petrobras na costa do Amapá, questionando, entre outros pontos, o tempo de reação em caso de acidente e a falta de uma estrutura mais próxima para assistência à fauna.

A estrutura de resposta inclui ainda seis embarcações dedicadas ao resgate de fauna, com veterinários e profissionais prontos para atender qualquer animal em risco, independentemente da atividade em curso. Outras seis embarcações, equipadas para a contenção e recolhimento de óleo, atuarão em esquema de carrossel, sempre duas ao lado da sonda. A operação também contará com um porto em Belém e um aeródromo em Oiapoque.

Gustavo Limp, gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, reforçou que toda essa estrutura será utilizada somente em situações de necessidade. “A Petrobras conduz o projeto com total segurança, sem riscos adicionais. Apresentamos todos os estudos e equipamentos necessários para garantir a proteção ambiental. Nossa equipe conhece bem a área, realizando incursões constantes”, afirmou.

As pesquisas sobre o potencial de petróleo na Margem Equatorial, que abrange áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte, estão concentradas exclusivamente no bloco FZA-M-59, situado a mais de 2,8 mil metros de profundidade.

Fotos: Maksuel Martins/GEA