Pesquisadores realizam nova expedição para mapear árvores gigantes na Amazônia

Uma nova expedição do projeto Árvores Gigantes da Amazônia será realizada no período de 11 a 25 de setembro deste ano. A equipe de pesquisadores buscará encontrar a maior árvore da Amazônia. A expedição partirá do município de Laranjal do Jari, a 275 km da capital Macapá, sul do estado do Amapá.

O grupo percorrerá 250 km pelo Rio Jari com destino à Floresta Estadual do Paru (Flota) e, posteriormente, mais 12 km pela mata até a árvore destino dos expedicionários, onde serão desenvolvidas as atividades de pesquisa. A equipe contará com o apoio de moradores da comunidade São Francisco do Iratapuru.

O projeto Árvores Gigantes da Amazônia é coordenado pelo Ifap, Campus Laranjal do Jari, e já realizou quatro expedições que resultaram na descoberta de um novo santuário de árvores de grande porte, que está localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, onde se encontra a comunidade de São Francisco do Iratapuru, que tem como atividade econômica a exploração sustentável da castanha-do-pará.

Além do santuário, as expedições também possibilitaram encontrar a maior castanheira (Berthollhetia excelsa) já registrada na Amazônia, com 66,66 metros de altura, também localizada na RDS do Rio Iratapuru. Na ocasião, também foi encontrado um angelim vermelho de 79,19 metros de altura e 6,8 de diâmetro.

A nova expedição é a quinta excursão cientifica do projeto Árvores Gigantes da Amazônia e conta com participação das seguintes instituições: Instituto Federal do Amapá (Ifap), Universidade de Swansea (Reino Unido), Comunidade São Francisco do Iratapuru, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (RURAP), Universidade Estadual do Amapá (Ueap), Promotoria de Meio Ambiente de Macapá e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor).

A expedição conta com financiamento da Fundação Jari, Universidade de Swansea, Norte Solar e Imazon.

Por Tiago Ferreira, jornalista do Campus Laranjal do Jari