PC faz coletiva de imprensa sobre prisão de policial penal e dois membros de grupo criminoso suspeitos de facilitar entrada de drogas e celulares no Iapen
Na manhã desta terça-feira, 24, a Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) realizou uma coletiva de imprensa para fornecer detalhes sobre a 2ª fase da Operação “Murus”, deflagrada na segunda-feira, 23. A ação resultou na prisão de um policial penal e dois membros de um grupo criminoso, suspeitos de facilitar a entrada de drogas e materiais ilícitos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Com o apoio da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DETE), do Núcleo de Operações com Cães (NOC), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e do Iapen, a operação foi conduzida com sucesso.
As investigações
As investigações que culminaram na operação começaram após a prisão do policial penal, realizada pela DETE com o suporte do NOI, por crimes de falsa identidade e posse de drogas para uso pessoal. Ele, junto com outros membros do grupo criminoso, já havia sido investigado por envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Após essa prisão, a Polícia Civil intensificou suas ações e descobriu um esquema mais amplo de introdução de produtos ilícitos no sistema prisional, organizado pelo policial e seus comparsas.
Segundo as apurações, um dos principais contatos do agente solicitava o transporte de drogas para detentos no Iapen, fornecendo detalhes sobre horários e locais de entrega. Em troca, o policial recebia pagamentos eletrônicos, evidenciando seu envolvimento no esquema.
Outro contato também requisitava a entrega de uma “encomenda”, utilizando códigos para se referir aos entorpecentes. Mensagens interceptadas revelaram instruções precisas sobre a logística das entregas, além de orientações para apagar as conversas, numa tentativa de encobrir as provas e dificultar a investigação.
Durante a operação realizada em Macapá, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além de três de prisão. Drogas e um kit solar completo, avaliado em cerca de R$ 20 mil e adquirido com dinheiro de origem suspeita, também foram apreendidos.
Uma outra fase da operação deflagrada no da 27 de agosto cumpriu dois mandados de busca e apreensão no bairro Infraero, zona norte da capital. Nessa ação à época, a polícia investigou outros agentes suspeitos de envolvimento no esquema.
Veja abaixo a entrevista com os delegados Ismael Lucas, titular da Draco, Kleysson Fernandes, adjunto da DETE, e Luiz Carlos, diretor do Iapen:
Fotos e vídeo: Polícia Civil/Divulgação