MPF recomenda que frigoríficos suspendam abate de animais criados em área de proteção ambiental no AP

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que dois frigoríficos no Amapá parem de abater e comercializar animais provenientes de áreas protegidas, especialmente da Reserva Biológica (Rebio) do Lago Piratuba e de fazendas avançadas sobre o leito do Rio Araguari. A medida visa conter danos ambientais causados pela criação ilegal de búfalos e bois nessas áreas.

No documento, o MPF especifica que a suspensão da comercialização se refere a mais de 50 propriedades listadas em informação técnica expedida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão da Rebio. 

A orientação é que os frigoríficos Frimap e Friaap informem o volume de operações realizadas de 2014 a 2024 envolvendo animais dessas propriedades, destacando que todos os agentes da cadeia produtiva podem ser responsabilizados por danos ambientais. Com isso, o MPF solicita que as empresas tomem medidas para interromper a relação com esses produtores e evitar a continuidade dos impactos ambientais, como o assoreamento e degradação da vegetação no Araguari e na Rebio do Lago Piratuba.

A recomendação ressalta que a criação irregular de animais está prejudicando a regeneração da vegetação local e afetando o ecossistema da região.

Imagem aérea da região – Sema/AP