Marinha do Brasil debate a evolução da navegação marítima no Amapá

A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4o Distrito Naval, realizou nesta terça-feira (22), uma palestra sobre a “Evolução da navegação marítima e os impactos para o Amapá”. O evento ocorreu no auditório da Capitania dos Portos, em Santana, e contou com a participação de representantes de todos os Poderes, especialmente agentes públicos ligados à área de segurança pública, gestores e integrantes da sociedade civil organizada.

O evento abordou aspectos históricos e marcos para a navegação em todo o mundo, até a descoberta do Brasil, e relembrou graves acidentes, desde os mais famosos, caso do Titanic, até os mais recentes, a exemplo do naufrágio ocorrido em 2012, na Itália, por erro do comandante, que não seguiu devidamente a carta náutica. Também foram destacados os avanços tecnológicos que tornaram a navegação cada vez mais segura.

Papel dos oceanos na produção de oxigênio para o planeta

Esse foi outro aspecto interessante abordado na palestra. “Costumamos dizer que a Amazônia é o pulmão do mundo, mas, na verdade, são os oceanos. Você sabia que, de todo o oxigênio da terra, 55% é produzido por algas marinhas.  Para uma área de 1km2, a quantidade de oxigênio produzida por algas será dez vezes superior àquela produzida pelas florestas”, explicou o vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa.

Potencial portuário do Amapá: 1.600 navios passam na frente da cidade

O promotor de Justiça André Barreto, titular da 1ª Promotoria de Justiça Cível e de Fazenda Pública, que representou o Ministério Público do Estado, destacou o enorme potencial portuário que existe no Amapá. “Torcemos para que, um dia, a nossa posição geográfica estratégica seja melhor utilizada como rota para grandes embarcações, mas, para isso, é preciso investimentos imediatos em uma retroárea portuária, capaz de atender as demandas naturais do processo de desenvolvimento, para que em 15 anos isso seja realidade”, destacou.

“Aos que ainda possuem dúvidas sobre a importância das Forças Armadas para a economia local, aqui tivemos vários exemplos. Agradeço imensamente a sua vinda ao Amapá para nos ajudar a enfrentar esse dilema de ver passar mais de 1600 navios na frente da nossa cidade, sem que aproveitemos toda essa possibilidade de geração de emprego e renda” disse o engenheiro Glauco Cei, presidente da Sociedade Amigos da Marinha do Amapá.

Fonte e foto: Ascom/ MP-AP