Júnior Favacho propõe debate sobre produção agrícola nos assentamentos do AP
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) se prepara para colocar em pauta debate sobre políticas públicas de produtividade nos assentamentos rurais do estado. A Comissão de Agricultura e Abastecimento (CAB) da Casa, presidida pelo deputado estadual Júnior Favacho (MDB), aprovou nesta segunda-feira, 12, a realização de uma reunião ordinária com a participação de representantes de órgãos e entidades ligadas à questão.
Para a reunião, serão convidados o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Gersuliano da Silva Pinto, o diretor do Instituto de Terras do Estado do Amapá (Amapá Terras), Julhiano Cesar Avelar, o titular da secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), Kelson Vaz, o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Amapá (AMEAP), Carlos Sampaio, e a presidente do Sistema OCB Amapá, Maria Nascimento.
De acordo com Júnior Favacho, a reunião tem o objetivo de buscar soluções para os diversos problemas que acarretam na baixa produção agrícola desses assentamentos, como a deficiência ou a falta de assistência técnica e extensão rural, escassez de transporte para escoamento a produção e a falta de créditos agrícolas para os produtores.
“A maioria desses assentamentos carecem, até hoje, da implantação de infraestruturas produtivas como estradas, armazéns, água, energia, insumos agrícolas, demarcação dos lotes e infraestruturas sociais como escolas, postos de saúde entre outros. Propusemos esse debate qualificado para que sejam apontadas as soluções para esses problemas”, disse o parlamentar.
Segundo Favacho, dados do INCRA apontam que os 54 assentamentos do Amapá ocupam uma área de 2.244.746 hectares, atendendo a um público de 14.807 famílias. Os assentamentos estão distribuídos entre várias jurisdições: Incra, Amapá Terras, prefeitura de Laranjal do Jarí e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). Todos devidamente reconhecidos pelo Incra.
O deputado ressaltou ainda que diante das dificuldades, muitos assentados têm abandonado seus lotes e migrado para grandes áreas urbanas do estado, em especial, a região metropolitana de Macapá.
“Uma das soluções que pode contribuir para mudar esse cenário de forma eficiente e ao alcance dos assentados é a criação de cooperativas agropecuárias. Em todo o Brasil, os assentamentos que se dispuseram desenvolver suas atividades de forma coletiva têm demonstrado resultados positivos”, afirmou.
Por Ascom/Deputado Júnior Favacho