Inovação tecnológica do curativo a vácuo acelera recuperação e revoluciona tratamento de feridas no anexo do HE, em Macapá
A Fundação de Saúde Amapaense passou a utilizar no anexo do Hospital de Emergência (HE), em Macapá, a terapia por pressão negativa — mais conhecida como curativo a vácuo — no tratamento de feridas complexas. A técnica, amplamente adotada nos maiores centros médicos do país, agora é uma realidade também no sistema público de saúde do Amapá.
Indicada para lesões graves, como as decorrentes de cirurgias, pé diabético e feridas crônicas, a tecnologia promove cicatrização mais rápida e eficaz, além de reduzir riscos de infecção e tempo de internação.

“São pacientes que têm indicação específica desse tratamento. Eles recebem sessões conforme avaliação médica, geralmente de 4 a 6 sessões. São pessoas com doenças crônicas, como diabetes, que necessitam desse tipo de curativo, porque o recurso proporciona melhora visível e mais rápida”, afirmou Emilly Costa, enfermeira especialista em curativo a vácuo.
Segundo a especialista, o uso do curativo a vácuo permite que feridas profundas evoluam para um estágio onde podem ser tratadas com métodos convencionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A técnica reduz significativamente o risco de infecções e contribui para redução do tempo de internação.

Além da eficácia clínica, a tecnologia também se destaca pelo custo-benefício. “Uma única sessão equivale a um mês de tratamento tradicional. A Fundação de Saúde está investindo nesse recurso porque ele evita complicações e internações prolongadas”, afirmou Coriane Corrêa dos Santos, gerente de enfermagem do anexo do HE.
Como funciona o curativo a vácuo?
A terapia por pressão negativa utiliza uma bomba de sucção conectada ao curativo, com ação em quatro frentes:
- Estimula a formação de novos vasos sanguíneos, melhorando a oxigenação do local;
- Controla o excesso de líquidos (exsudato), prevenindo infecções;
- Aproxima as bordas da ferida, acelerando o fechamento;
- Reduz a carga bacteriana, criando um ambiente mais seguro para a regeneração.
Fotos: Ascom/Fundação de Saúde Amapaense