Grupo é indiciado por aplicar golpes em venda de materiais de construção; detentos do Iapen participavam do esquema

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas por associação criminosa e fraude eletrônica, no qual o grupo aplicava golpes nas redes sociais e aplicativos de mensagens em nome de lojas de materiais de construção. O inquérito policial encerrou nesta quinta-feira, 3.

Entre os indiciados estão dois detentos do Instituto de Administração Penitenciário do Amapá (Iapen). Segundo a investigação, o grupo causou um prejuízo de cerca de R$ 17 mil às vítimas.

“Esse grupo é composto por pelo menos quatro infratores, sendo que dois deles estão presos no sistema penitenciário e, mesmo reclusos, continuam praticando crimes, o que deixa a entender que fazem dessa ilicitude um meio de obtenção de ganho ilícito, utilizando contas de pessoas que estão aqui fora”, disse o delegado Nixon Kennedy.

A polícia informou que o esquema consistia em se passar por empresas de materiais de construção. Os criminosos faziam anúncios fraudulentos em redes sociais com preços bem convidativos e, a partir disso, várias vítimas entraram em contato e faziam tratativas e negociações por aplicativos de mensagens.

A compra era encaminhada para a casa da vítima e os infratores, simultaneamente, entravam em contato com empresas reais de materiais de construção para que os produtos prometidos na negociação fossem entregues. O compromisso era de que, quando da entrega, o pagamento seria efetuado.

Diante do caminhão de entrega dos materiais, a vítima efetuava o pagamento, mas na conta do infrator que fez a negociação. Como a empresa não constatava a efetivação do pagamento, o material não era descarregado em razão da condução fraudulenta.

Os infratores responderão pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.

Veja abaixo a entrevista com o delegado Leonardo Alves:

Foto e vídeo: Lucas Brito/Ascom PC-AP