Grupo amapaense concorre em festival para escolha do samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense
Rio de Janeiro – Um grupo formado por amapaenses concorre no festival para escolha do samba-enredo da agremiação carioca Imperatriz Leopoldinense, com a canção: “O aperreio que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarita”.
O evento acontece nesta sexta-feira, 9, e o resultado do melhor samba-enredo deve sair ainda na madrugada de sábado, 10.
Participam dessa composição os artistas Meio Dia da Imperatriz, Nonato Soledade, Aureliano Neck, Tayson Tyassú, Robson do Cavaco e Adlan do Laguinho, além da participação de especial de Adelson Branco.
Os intérpretes são Meio Dia da Imperatriz, Nonato Soledade, Aureliano Neck, Tayson Tyassú e Robson do Cavaco.
Direto da sede da Imperatriz Leopoldinense, o famoso sambista carioca Meio Dia e o amapaense Robson do Cavaco mandam um “alô” em vídeo para esta colunista: “Cleide, um forte abraço. Manda um abraço para toda turma de Macapá”, disse Meio Dia.
Veja o vídeo abaixo:
Samba-enredo:
O aperreio que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarita
Nas noites enluaradas
Sanfona chorava de alegria
Cheiro de pólvora no ar
E a Viola acompanhava a cantoria
Eram os cangaceiros fugindo da Volante
Pelo nordeste inteiro
Até que um dia numa Emboscada
A vida do capitão foi ceifada
Na procura de um lar eterno, parou no inferno
Irritou-se, teve confusão
Quando disseram: não
O danado se inflamou fogo na morada ele tocou
Com má-querença foi jogado ao léu
Montou em seu cavalo e arribou pro céu
Os anjos em romaria chamaram
Toda Santidade e o expulsaram
Pendurado num balão clamou pelo padre Ciço Romão
O santíssimo com decisão formada
Mandou voltar pra terra aquela alma penada
Sem rumo, sem guarida
Ficou a vagar pelo sertão
Hoje se faz presente nos repentes
Contado nos cordéis da região
Se avexe não, se achegue mais, venha pra cá
A imperatriz em verso e prosa vem contar
No arrasta pé da passarela da ilusão
De verde e branco vai tocar seu coração
Seu Virgulino, cabra macho, sim senhor
Pra mais de cem seu Parabelo aniquilou
A sua fama ecoou pelo sertão
O temido, cangaceiro lampião