Greve dos professores no AP cobra reajuste salarial e reforço na segurança

O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) anunciou nesta quinta-feira, 13, a greve de professores de cerca de 90 escolas de Macapá. Entre as principais pautas estão: o pagamento do piso do magistério (14,95%), recomposição das perdas salariais dos últimos anos e melhores condições de trabalho.

A concentração dos grevistas ocorre desde manhã na Praça da Bandeira, localizada no Centro da capital, em frente ao Palácio do Setentrião, sede do Governo do Estado. Na ocasião, os trabalhadores discursaram sobre a desvalorização de carreira e a falta de segurança nas escolas diante de assaltos e ameaças de ataques.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) destacou a proposta de concessão de reajuste de 5,6% a contar de 1º de abril, sobre os vencimentos dos servidores públicos. Em relação a segurança, a pasta informou que definiu um protocolo de prevenção contra a violência, que conta com rondas e auxílio dos órgãos de Segurança.

De acordo com o Sinsepeap, o Amapá deve ultrapassar a soma dos R$ 9 bilhões em recursos do orçamento público em 2023, apresentando um acréscimo de mais R$ 3 bilhões. Somado a isso, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) teve um aumento aproximado de 22%, dados levantados pelo Departamento de Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Ainda segundo o sindicato, o reajuste proposto pelo governo é oriundo exclusivamente dos recursos do tesouro estadual, ou seja, não está se aplicando o que a lei do Fundeb estabelece sobre a utilização do fundo no percentual de 70% para a remuneração dos profissionais do magistério.

“Temos acumulados nesses últimos anos perdas, mas seguimos carregando a educação amapaense nas costas. Fazemos festas, rifas e uma série de atividades para manter o cotidiano escolar e a própria manutenção das escolas”, disse a presidenta do Sinsepeap, Kátia Almeida.

Texto: Jorge Abreu

Fotos: Ascom/Sinsepeap