‘Gigantes da Amazônia’: expedição mapeia árvores centenárias no AP

Uma nova expedição do projeto “Árvores Gigantes da Amazônia” identificou a existência de espécies centenárias, com pelo menos 150 anos de vida, no santuário de árvores gigantes, localizado entre a Reserva do Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru (RDSI) e a Reserva Extrativista do Rio Cajari (RESEX), no Amapá.

A expedição foi realizada no período de 15 a 21 de janeiro deste ano, com o objetivo de datar a idade das espécies vegetais em torno do santuário das árvores gigantes. Para o estudo, a equipe utilizou amostra de aproximadamente 50 espécies da árvore de cedro e castanheira, “para fazer a comparação dos padrões dos anéis de crescimento entre as árvores em busca do padrão em comum”.

“O clima é um dos fatores que influenciam no padrão dos anéis de crescimento a cada ano. Como todas as árvores estão crescendo sob as mesmas condições climáticas, em teoria, todas elas irão apresentar padrões de largura de anel semelhantes”, enfatiza a pesquisadora Daniela Granato, da universidade de Arkansas (EUA) e membro da expedição.

Em uma avaliação inicial, a pesquisadora confirmou a existência de árvores centenárias no santuário, com pelo menos 150 anos de vida.

“Nós iremos continuar tentando mapear as árvores com potencial dendrocronológico nas outras áreas dos santuários de árvores gigantes para novas coletas dos novos sítios. O objetivo principal é de datar os sítios com as espécies que são passíveis de serem datadas. Objetivamos também conseguir datar os angelins gigantes”, afirma.

Segundo o coordenador do projeto “Árvores Gigantes da Amazônia”, o professor do Ifap, do campus de Laranjal do Jari, Diego Armando, o estudo é de grande importância já que a conclusão da existência de árvores centenárias irá ajudar a comunidade científica a entender o crescimento e o desenvolvimento das árvores de grande porte na região.

“Essa é uma informação que pesquisadores do mundo todo têm interesse em conhecer, pois vai ajudar a entender que fatores levaram a esse desenvolvimento diferenciado dessas árvores nessa região”, explica Diego.

Por Tiago Ferreira, jornalista do Campus Laranjal do Jari