Força Tarefa cumpre mandados de busca e apreensão em operação que investiga facção criminosa no AP
A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) cumpriu na manhã desta segunda-feira, 10, cinco mandados de busca e apreensão, nos bairros Infraero I e II, Novo Buritizal e Centro de Macapá, durante uma nova operação denominada “Patrulha”, que investiga três homens suspeitos de integrar organização criminosa.
A ação é um desdobramento da Operação Caixinha, deflagrada em março deste ano, que visa desarticular um esquema de pagamento de mensalidade para financiar uma facção criminosa. A investigação apontou que algumas lideranças cobravam taxas de manutenção mensal, conhecidas como “caixinha”, para que os faccionados tivessem benefícios perante as lideranças.
De acordo com a FTSP-AP, os criminosos realizam “mapeamento” das áreas em que a facção tem domínio, para observar a presença de grupos rivais e ação de policiais. Além disso, foram identificados possíveis integrantes do “tribunal do crime”.
O grupo utilizava câmeras de vigilância, posicionadas em pontos estratégicos, para monitorar a movimentação policial e comunicar a outros integrantes a direção em que os agentes tomavam, a fim de dar tranquilidade para o comércio ilegal de drogas, além de outros delitos crimes pelos faccionados.
Segundo informações da Força Tarefa, os criminosos planejavam a execução de três indivíduos, membros da facção e civis que estariam em desacordo com as leis estipuladas pela organização criminosa. A investigação também identificou que a facção cobrava uma taxa de R$ 100,00 reais dos comerciantes locais, sob pena de represálias.
Os investigados poderão responder pelos crimes tráfico de drogas e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 23 anos de reclusão mais pagamento de multa.
A Força Tarefa de Segurança Pública é composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Iapen e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Veja abaixo a entrevista com o delegado Bruno Belo:
Fotos e vídeo: Polícia Federal/Divulgação