Falso cirurgião de 22 anos é indiciado após deformar rosto de paciente em Macapá

Um falso cirurgião de apenas 22 anos foi indiciado por trabalhar clandestinamente com procedimentos estéticos no Amapá. Ele usava apostilas para “aprender” e chegou a faturar R$ 250 mil.

O homem que não teve a identidade divulgada pela polícia atuou durante 6 meses e chegou a ter cerca de 13 mil seguidores numa conta nas redes sociais. O caso foi revelado pela Polícia Civil do Amapá, que investiga o jovem.

O trabalho clandestino foi descoberto quando uma paciente, que ficou com o rosto desfigurado após uma cirurgia, resolveu denunciar. Após a denuncia, houve busca e apreensão na clínica onde o homem atuava e ele não conseguiu comprovar ter nenhum registro no Conselho Federal de Medicina.

“Inclusive foram apreendidos livros e apostilas onde haviam descrição de procedimentos e protocolos de atendimento em alguns procedimentos estéticos invasivos. A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária uma vez que não havia licença para fazer o serviço”, detalhou a delegada responsável pela investigação, Janeci Monteiro.

“Concluímos a investigação agora por conta das provas e evidências cibernéticas colecionados ao caso. Ele divulgava que atendia também na Guiana Francesa”, concluiu.

O falso cirurgião foi indiciado por falsidade documental, falsa identidade e exercício ilegal da medicina. A polícia pediu ainda a prisão mas foi indeferida pela Justiça. O perfil nas redes sociais dele foi excluído com ordem judicial e o caso está à disposição da Justiça.

Fotos: PC/Divulgação