Facção proíbe roubo contra evangélicos de uma igreja de Macapá, diz FTSP
A Força Tarefa de Segurança Pública segue nos desdobramentos da operação “Andes”, em que foi identificado um sujeito de 34 anos que vendia drogas na barraca de batatas da esposa, que ficava estacionado na orla de Macapá.
Nesta sexta-feira, 18, a FTSP deflagrou a operação “Incursio”, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, sendo um no Instituo de Administração Penitenciário (Iapen) e os demais no bairro Infraero, na zona norte.
A investigação identificou um grupo virtual de faccionados, com o fim exclusivo de preparação e acertos de diversos crimes de roubos, tráfico de drogas e outros crimes. O grupo servia como instrumento e meio para a consecução dos crimes da facção, como vigilância de policiais, organização, estrutura, regramento e controle, com foco e atuação na zona norte da capital.
Regras de roubo
A FTSP verificou, ainda, que lideranças da facção orientavam a suspensão de roubos na região, em determinados momentos, para evitar que os assaltos atraíssem mais policiamento para a região, o que estaria dificultando o tráfico de drogas.
Segundo as corporações, um dos seus regramentos da facção era a proibição de efetuar roubos de membros de determinada igreja e a vedação de se vangloriar por ter sido “apadrinhado” por alguém.
No caso de descumprimento destas regras, os envolvidos poderiam ser punidos e até expulsos da facção.
Além do comércio ilegal de entorpecentes, nos quais se destacam de diversas formas a cocaína e a maconha, há presente a prática de roubos e furtos em vários bairros da zona norte.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderá pegar uma pena de até 23 anos de reclusão mais pagamento de multa.
Veja a entrevista com delegado Bruno Belo:
Fotos e vídeo: Polícia Federal/Divulgação