Diagro captura morcegos hematófagos para prevenir a raiva em rebanhos de Macapá
Especialistas da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) atuam diretamente em propriedades rurais de Macapá para averiguar ocorrências de ataques de morcegos hematófagos a rebanhos de bovinos, bubalinos, equinos, suínos e caprinos. Os serviços foram iniciados após relatos na localidade de Bonito, região da Pedreira. Nas ações já realizadas pelos técnicos da Diagro, houve a captura de 14 animais da espécie Desmodus rotundus, vetor da raiva.
Para evitar a proliferação da doença nos rebanhos, e até mesmo em humanos, após a captura, os técnicos analisam os animais e selecionam em quais passam uma pasta chamada vampiricida. Depois de sete a dez dias os morcegos morrem com o feito do produto, e, assim, é feito o controle animal e da doença.
As capturas sempre ocorrem nas proximidades de currais, onde são armadas as redes. De acordo a chefe de Unidade Veterinária Local/Macapá (UVL), a médica veterinária Romilda Trindade, os serviços são voltados para um controle animal e prevenção da doença.
“Nosso trabalho é planejado com intuito de prevenir a raiva. Sempre orientamos os produtores que em caso de suspeitas de ataque de morcegos que eles entrem em contato conosco para que possamos realizar os serviços preventivos”, informou.
Outro ponto em destaque são as atividades desenvolvidas pelos técnicos nas fazendas e sítios. Trindade ressalta que existe um período lunar especifico para realizar as operações no campo.
“Os técnicos são treinados e também somos vacinados contra a doença da raiva, ou seja, não é qualquer pessoa que pode fazer o trabalho. Já a ação é montada no finalzinho da tarde com a montagem das redes e sempre as buscas são feitas no período lunar, que é quando os animais saem para se alimentar”, detalhou Romilda.
Vale ressaltar que o combate e prevenção aos ataques de morcegos hematófagos é estimulado pelos produtores, que devem procurar os escritórios locais da instituição em casos suspeitas. A próxima ação de captura está prevista para ocorrer em uma propriedade na Foz do Rio Macacoari.
(Ascom/Gea)