Dia Mundial da Diabetes: nutricionista destaca que alimentação saudável é fundamental para prevenção e controle da doença
Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 17 milhões de casos de diabetes, uma epidemia global tratada como questão de saúde pública. São pessoas com idades entre 20 e 79 anos, colocando, assim, o país em 5º lugar com a maior incidência no mundo.
Os dados são do Atlas da Diabetes, promovido anualmente pela Federação Internacional do Diabetes, que também aponta a ocorrência da doença em 57 milhões de adultos no mundo, levando 6,7 milhões à morte somente no ano de 2021.
A nutricionista Anne Silva explica que uma das formas de evitar ou até mesmo controlar a doença passa pela alimentação. A profissional orienta um cuidado redobrado na ingestão de carboidratos e de alimentos ultraprocessados.
“Os alimentos industrializados são ricos em açúcar e gordura, que quando consumidos com regularidade, se tornam um problema para o organismo humano. Dessa forma, o ideal é manter uma alimentação o mais natural possível”, disse.
Para Anne, que também é professora na Estácio, caso a pessoa já se encontre nesse quadro, é necessário ter uma atenção especial aos alimentos que serão ingeridos, pois este processo deve ser feito de forma equilibrada.
“Não existe uma lista de alimentos que seja proibida, mas esse processo precisa ser feito de maneira ordenada. De forma geral, a alimentação do diabético deve ser tão completa e variada quanto a de uma pessoa saudável”, destacou.
A profissional completa dizendo que o papel da nutrição nesse contexto é a promoção de uma reeducação alimentar para que ela possa fazer as escolhas certas, mesmo em diferentes contextos.
“A ocorrência da doença não deve ser encarada como um problema, e a partir de uma dieta equilibrada e balanceada, o diabético pode fazer as refeições em casa ou no restaurante sem comprometer a qualidade de vida ou até mesmo agravar o quadro”.
A diabetes também acomete crianças, seja por meio do histórico familiar ou devido à alimentação feita de maneira inadequada.
“Caso os pais ou os avós tenham diabetes, as chances de ela desenvolver a doença são maiores. Mas, independentemente disso, é necessário atenção à alimentação dos pequenos, e isso inclui a oferta de bolachas, bolinhos ou suco de caixa. No lugar disso, deve-se oferecer frutas, legumes e ovos, por exemplo”, finalizou.
Por Ewerton França/Ascom Estácio