Combate à dengue: AP estende atendimento do Laboratório de Fronteira e reforça abastecimento de remédios em Oiapoque
O Governo do Amapá estendeu o horário de funcionamento do Laboratório de Fronteira (Lafron), em Oiapoque, no extremo norte do estado, para dar celeridade nos resultados de exames e reforçar o diagnóstico da dengue. No dia 1º de fevereiro, foi decretado situação de emergência na cidade por causa do aumento de casos da doença.
Vinculado à Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o Lafron está funcionando agora até às 22h. O Laboratório conta com dois biomédicos exclusivamente para fazer a análise das amostras colhidas no Hospital Estadual de Oiapoque (HEO) e de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da região. O diagnóstico, que antes saia em cinco dias, passa a ser emitido em 24 horas.
“Neste momento crítico, decretado situação de emergência no município por conta da sazonalidade da dengue, além da organização no atendimento, reforçamos a celeridade nos resultados dos exames da dengue com a ampliação do horário e colocando mais profissionais no laboratório”, destacou Cássio Peterka, superintendente da SVS.
O Lafron recebia normalmente, em torno de 50 amostras por dia, mas com a alta da demanda, o número aumentou para 100.
Segundo a SVS, a maioria dos casos de dengue em Oiapoque é provocada pelo vírus D3 (dengue hemorrágica). Uma morte pela doença foi registrada na segunda quinzena de janeiro.
Abastecimento de remédios
O governo também reforçou o abastecimento de medicamentos para tratamento da dengue. Foram enviados para a farmácia do Hospital de Oiapoque mais de 24 mil itens, entre antitérmicos, sais para hidratação e antialérgicos.
De acordo com a diretora do HEO, Natália Coutinho, foram preparados dois kits de medicação, um adulto e outro pediátrico, que poderão ser retirados na farmácia do hospital conforme avaliação e prescrição médica.
“Após a triagem e avaliação do médico, aquele paciente que apresentar quadro leve da doença, poderá cuidar dos sintomas em casa, recebendo o kit de medicamento e as orientações de uso de cada um”, disse.
O aumento de casos positivos tem provocado uma intensa procura no hospital estadual. Em janeiro, mais de 3,5 mil pessoas foram atendidas com dengue. 80% dos casos são de pacientes com sintomas leves.
“O Estado não deixa de atender nenhum paciente, mesmo os casos leves que são de responsabilidade da atenção primária. Para esses, fornecer a medicação para uso em casa é uma forma de diminuir o tempo de exposição em ambiente hospitalar, além de garantir os esforços dentro do hospital para os casos mais graves”, destacou Silvana Vedovelli, secretária de Saúde do Amapá.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também reforçou o abastecimento da farmácia do Polo Base da comunidade indígena Aldeia do Manga, que recebeu 2,5 mil medicamentos e correlatos para atendimentos na própria aldeia.
A comunidade conta com uma equipe multidisciplinar com médico, odontólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem, agentes de endemias e de saúde indígena.
Foto de capa: Gabriel Maciel/Sesa