Com enfermaria adaptada, crianças indígenas têm atendimento humanizado no HCA

Pinturas indígenas e pequenas redes integram a nova enfermaria do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), totalmente adaptada para atender crianças indígenas no Amapá. O espaço foi entregue ainda em julho pelo Governo do Estado e tem capacidade para atender até quatro crianças e seus acompanhantes.

“É um espaço que tem muitos significados, através do grafismo indígena, o redário infantil que remete a algo próximo a sua cultura, assim as nossas crianças e mãezinhas ganham um espaço acolhedor que irá contribuir na continuidade e integralidade da assistência de saúde na média e alta complexidade”, conta a coordenadora Estadual de Saúde Indígena (COESI), Alessandra Macial.

Com o objetivo de humanizar o atendimento dos pacientes, o espaço conta com leitos adaptados e poltronas para os acompanhantes. Além disso, pinturas feitas pelos próprios indígenas dão um ar de familiaridade ao local. As obras representam cenas do cotidiano das etnias Apalai e Waiana.

“A administração e a direção do hospital deram total apoio para a criação dessa enfermaria exclusiva para indígenas, com redes e pinturas para que eles possam se sentir à vontade como em casa. Foram colocadas também placas com traduções adequadas, respeitando a diversidade cultural e o modo de vida de cada povo”, destacou Jeffferson Rafael Picanço, administrador do HCA.

As placas que identificam o local foram traduzidas para os dialetos nativos dos indígenas.

Segundo a COESI, todas as unidades de saúde do Estado contam também com intérpretes para garantia da assistência ao paciente indígena.

“Este processo foi construído e pensado com muito carinho e cuidado por parte da equipe da direção do HCA e nossa equipe da COESI, que com apoio de nossos artistas que compõe a equipe, fizeram o grafismo, a tradução para as placas e pintura”, pontuou Alessandra.

Atualmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mantém intérpretes das etnias Karipuna, Galibi Marworno, Waiana, Apalai e Wajãpi em todas as unidades hospitalares para o acompanhamento dos pacientes e auxílio na comunicação.

A unidade segue em funcionamento e atendendo a demanda de pacientes, de acordo com a Sesa.

Fotos: Gabriel Maciel/Sesa