Clécio é eleito Governador do Amapá no 1º turno com mais de 53% dos votos

O candidato do partido Solidariedade, Clécio Luís Vieira, venceu no primeiro turno das Eleições para governador do Amapá, neste domingo, 2, com 221.173 dos votos válidos, 53,62% do total. Ele já ocupou os cargos políticos de vereador e prefeito de Macapá (Veja a biografia dele abaixo).

Com uma campanha próxima da população mais pobre, Clécio percorreu os 16 municípios do estado, onde morou entre um a três meses em cada cidade. O eleito assume o Executivo depois de dois mandatos de Waldez Góes, do PDT.

“Eu estou muito grato ao povo do Amapá. Primeiro quero tributar a Deus o resultado dessa eleição […] agradecer todos os apoiadores, todos sem exceção, que vieram somar conosco nessa caminhada que não foi fácil. Nós nos mantivemos no nível, mantivemos as propostas, o debate de ideias, e o enfrentamento às mentiras, fake News e à baixaria”, disse Clécio.

O vice de Clécio é o economista Antônio Teles Júnior, do PDT, que foi, antes das eleições, o secretário de Estado das pastas de Planejamento (2015 a 2018) e de Desenvolvimento das Cidades (2018 a 2021) e diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá).

O Amapá tem 550.687 aptos para votação com 10 Zonas Eleitorais, 355 locais de votação e 1.833 seções eleitorais, sendo 294 com acessibilidade.

Biografia

Clécio Luís Vilhena Vieira nasceu em Belém (PA) em 8 de abril de 1972, filho da professora Ana Lúcia Vieira. Mudou-se ainda jovem para Macapá e formou-se em geografia pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), sendo também policial civil. Foi ainda líder comunitário, líder estudantil e militante do movimento sindical.

Em 1998, assumiu, aos 26 anos, a Secretaria Estadual de Educação, no governo de João Capiberibe (1995-2002) do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

No ano de 2004, elegeu-se vereador de Macapá, na legenda do Partido dos Trabalhadores (PT). Deixou o PT no ano seguinte e filiou-se posteriormente ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que ajudou a fundar no estado.

Em outubro de 2006, concorreu ao governo do Amapá, na legenda do PSOL, obtendo 9.008 votos, 3,02% do total.
No ano de 2008, foi reeleito vereador de Macapá, na legenda do PSOL.

Em outubro de 2012, disputou a eleição para prefeito de Macapá, novamente pelo PSOL e dentro da coligação “Unidade Popular”. No primeiro turno, conquistou 27,89% dos votos, com 56.947 no total. No segundo turno, 28 de outubro, venceu as eleições, superando seu adversário Roberto Góes do PDT. Com isso, tornou-se o primeiro prefeito de uma capital filiado ao PSOL, empossado no cargo em 1º de janeiro de 2013.

No mês de setembro de 2015, anunciou desfiliação do PSOL, declarando na ocasião que buscava soluções para os problemas encarados por ele na capital, e que dependiam de articulações com outras frentes políticas e o governo federal.

No dia 24 de março de 2016, filiou-se à Rede Sustentabilidade (REDE), partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva. Disputou a reeleição municipal em 2016, obtendo apoio do Democratas (DEM), tendo como vice uma pessoa daquele partido, Telma Nery. Clécio justificou a aliança argumentando que a coligação era fruto de “uma circunstância específica” para marcar oposição aos adversários.

No dia 30 de outubro do mesmo ano, reelegeu-se prefeito de Macapá, na legenda da REDE e na coligação “Pra Macapá Seguir em Frente, obtendo 123.808 votos, cerca de 60,50% do total. Tornou-se, assim, o primeiro prefeito de uma capital de estado pela REDE.

Aos 50 anos, Clécio foi casado e teve duas filhas.