Cine Tela Preta: sessão de cinema destaca identidade e história do povo negro para estudantes do AP

Bolsistas do programa Afrocientista, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal do Amapá (Neab/Unifap), participaram de uma sessão do filme “A Mulher Rei”, que conta a história de um grupo mulheres guerreiras e seu reino africano Dahomey. A programação aconteceu nesta quarta-feira (5), em um cinema da zona sul de Macapá.

A iniciativa foi realizada pela primeira vez no programa, visando reafirmar para os jovens estudantes a identidade e história do povo negro, conforme retratado no longa-metragem. A ação foi custeada pelo Instituto Unibanco, que mantém as bolsas do e os oito bolsistas do Afrocientista tiveram o acompanhamento de integrantes do Neab.

“O Cine Tela Preta incentiva a visionagem de filmes que sejam afrocentrados, que priorizem o protagonismo negro tanto nas produções audiovisuais e cinematográficas, quanto na narrativa. Isso é importante para que amplie o repertório e o reconhecimento entre estudantes negros contemplados no projeto, no que fiz respeito à atuação em múltiplos campos da ciência e das artes”, explica a coordenadora do projeto Afrocientista e do Neab, Iris Moraes.

A bolsista Ketre Larissa da Silva, 17 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida, participa do programa desde o ano passado. Para ela, essa tem sido uma oportunidade única para novas experiências e aprendizados.

“Ano passado não tivemos muitos encontros por conta da pandemia, mas esse ano está sendo muito legal. O projeto abriu meus olhos porque nós pretos temos mais do que imaginamos”, afirma a estudante.

Afrocientista
O programa Afrocientista está em sua terceira edição no Amapá, com atividades voltadas ao incentivo de jovens negros no ingresso à universidade, por meio de políticas públicas especializadas. Ao todo, 24 jovens já foram beneficiados desde 2019. Os bolsistas participam de cursos de formação, visitas aos colegiados acadêmicos, além de atividades em campo.

“É um projeto muito importante que insere estudantes da escola básica dentro da universidade a partir da prática de extensão e fomenta essa relação entre as instituições de ensino. A iniciativa atua na formação básica de estudantes negros, ou seja, contribui para esse projeto de iniciação científica e também de letramento étnicorracial”, acrescenta Iris Moraes.

Por Joyce Batista/assessoria de comunicação