Caso Clodoaldo: após 14 horas de júri, réus são condenados a mais de 22 anos de prisão pela morte de agente penitenciário

Começou às 9h da manhã de segunda-feira, 10, e encerrou às 2h desta terça-feira, 11, o julgamento dos acusados de participação no homicídio do agente penitenciário Clodoaldo Brito Pantoja, em 2012.

Após quase 14 horas de julgamento, os reús foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Luis Carlos Silva Teixeira foi sentenciado a 25 anos e 7 meses de reclusão e Wagner João Oliveira Melônio a 22 anos e três meses de reclusão, ambos em regime fechado.

O Júri Popular foi realizado no Plenário do Tribunal do Júri de Macapá. Ao todo, foram ouvidas sete testemunhas, duas de acusação e cinco de defesa. A juíza Lívia Freitas presidiu o julgamento.

Sobre o caso

De acordo com o Processo, em 11 de junho de 2012, por volta das 07h20, no Ramal da Ilha Mirim, na zona norte de Macapá, Wagner efetuou disparos contra a vítima, que foi atingido por 20 tiros e morreu. Ainda de acordo com os autos processuais, Luis Carlos mandou executar o agente penitenciário, pois Clodoaldo Pantoja teria dito que o mandante do homicídio sairia da penitenciária em um mês e no próximo mês estaria de volta.

Consta no processo também que, à época do crime, a vítima era chefe de plantões e comandava uma equipe composta por 60 servidores. E que por conta de sua conduta rígida, o agente penitenciário, durante as vistorias nas celas no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), dificultava ilícitos dentro do presídio.

Foto: Tjap/Divulgação