Calistenia: novo método de treino começa a ganhar adeptos no Amapá
Para quem não sabe, calistenia é um tipo de treinamento que trabalha a força e resistência muscular, sem necessidade de equipamentos de academia. Essa prática nasceu no século 19, a partir da ginástica sueca, e se popularizou inicialmente nos Estados Unidos e na Europa. O nome original em grego – kallistenés – significa “bela força”.
A nova modalidade vem ganhando adeptos no Amapá, como Adoniran Santos Araújo, conhecido como Doni, que já foi militar, praticante de artes marciais e de esportes radicais. Nos vídeos que ele publica na internet, demonstra sua paixão por uma modalidade ainda não tão conhecida no estado.
Em vídeos, gravados em praças de Macapá, ele ensina posições e movimentos que usam o peso do próprio corpo para fortalecer a musculatura e que, junto com flexões, exercícios na barra e abdominais, melhoram o condicionamento físico. Doni conheceu a calistenia há uns cinco anos. “É um esporte sem restrição etária, acessível a todos. Além disso, sempre há um novo desafio a ser superado. Você nunca cai na mesmice – e fica com o corpo bem definido.”
A superação dos limites do corpo é, com frequência, apontada por praticantes da calistenia como um dos aspectos mais atraentes da modalidade. Uma vez adquirido o domínio sobre um movimento básico, é possível tentar uma série de outros novos, com graus variados de dificuldade.
Outro aspecto é a autonomia que proporciona, pois a prática não demanda aparelhos específicos, e pode ser realizada em parques e praças.
“Muita gente está saturada das academias, do ambiente fechado e da necessidade de contar o número de séries e repetições de exercícios, o que pode tornar o treino chato”, afirma Doni.
Os chamados movimentos calistênicos envolvem diversas regiões musculares, e podem desenvolver simultaneamente habilidades como flexibilidade, força, coordenação motora, ritmo e equilíbrio. “A calistenia tem potencial de reduzir bastante o percentual de gordura do corpo, porque é um treino muito intenso. Adotando bons hábitos alimentares e complementando a rotina de treinamento com exercícios cardiovasculares, a perda de peso é consequência”, aponta Doni.
Adoniran treina um grupo de 15 pessoas em sua própria casa, no bairro Universidade. Ele explica que nenhuma praça de Macapá está adaptada para essa prática e as que possuem barras, já estão enferrujadas, o que coloca em risco a segurança dos praticantes. Doni faz um apelo ao prefeito de Macapá: “Sei que o prefeito Furlan é praticante de esportes e poderia escolher uma praça para colocação de barras que pudessem atender os praticantes dessa modalidade”. Veja um dos vídeos publicado nas redes sociais.
(Por Renivaldo Costa)