Aluno de 17 anos é detido com faca na mochila dentro de escola no Amapá

As polícias Civil e Militar apreenderam um estudante de 17 anos que portava uma faca na mochila dentro de uma escola, no município de Porto Grande, no interior do Amapá. O caso aconteceu na quarta-feira, 12, durante uma operação preventiva de segurança.

Após denúncias de vendas de drogas nas dependências da instituição de ensino, as corporações foram até o local e abordaram alunos com revistas e perguntas, alguns deles com passagens por atos infracionais análogos a diversos crimes, inclusive por tráfico de entorpecentes.

De acordo com o delegado Bruno Braz, o adolescente apreendido com a arma branca disse, em depoimento, que não pretendia fazer qualquer tipo de ataque terrorista e portava a faca para proteção pessoal. Ele foi ouvido e entregue aos pais.

“Nós encaminhamos o menor para a delegacia. Em depoimento, ele alegou que portava a faca para se proteger, pois anda com medo depois de se meter em uma briga na semana passada, e de eventuais assaltos. Ele disse também que não tem qualquer tipo de relação com ameaças que circulam pelas redes sociais”, explicou o delegado.

O inquérito policial sobre o caso será entregue ao Ministério Público Estadual (MPE) para as devidas procedências, segundo a Polícia Civil.

Os professores e alunos da instituição foram orientaram a denunciar qualquer tipo de eventualidade que possa comprometer a segurança da comunidade escolar.

Veja abaixo a entrevista do delegado Bruno Braz sobre o caso:

Ameaças nas escolas

A Polícia Civil promoveu uma coletiva de imprensa na quarta-feira, 12, na Delegacia Especializada em Investigações de Atos Infracionais (Deiai), em Macapá, para esclarecer os casos de falsas ameaças de ataques nas escolas e acalmar a comunidade escolar referente à segurança nas unidades de ensino.

O Amapá não tem nenhum registro de atentado em escolas públicas e particulares. Contudo, diante de recentes casos registrados no Brasil e o possível “efeito contágio”, o Governo do Estado reforçou a segurança nas unidades escolares e ampliou as estratégias de ações preventivas.

No dia 1º de abril, dois adolescentes realizaram uma live em uma rede social, na qual incitaram discursos de ódio e ameaças de ataque à Escola Estadual Barão do Rio Branco, uma das mais tradicionais do estado. Eles foram identificados e tiveram que prestar esclarecimentos.

Em depoimento, os adolescentes assumiram as ameaças contra alunos e professores. Mas, disseram que não tinham a real intenção de promover o ataque, só queriam tumultuar e criar pânico. Em seguida eles foram liberados, mas a Deiai informou que a investigação será concluída e remetida ao Judiciário para responsabilização devida.

Ainda na coletiva de imprensa, a Polícia Civil destacou que outros casos similares estão sendo investigados nos municípios de Santana, na região metropolitana da capital, e Laranjal do Jari, no sul do estado. O Núcleo de Operações de Inteligência (NOI) monitora discursos de ódios e fakes news na internet.

As denúncias de qualquer tipo de ameaça podem ser prestadas em boletim de ocorrência em qualquer Delegacia de Polícia. Em casos de crimes praticados na internet, o denunciante precisa fazer prints e copiar o endereço web (URL) como prova, para apresentar às autoridades responsáveis.

Texto: Jorge Abreu

Fotos e vídeo: Polícia Civil/Divulgação