‘Ainda não sabemos se o problema foi causado por desabamento de barranco devido às fortes chuvas recentes ou se tem relação com a atividade garimpeira’, diz delegado sobre incidente no Rio Cupixi
Equipes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Polícia Civil e Defesa Civil formam a força-tarefa montada pelo Governo do Amapá para investigar a alteração na coloração da água do Rio Cupixi, em Porto Grande.
Na manhã desta quarta-feira, 12, as equipes realizarão um sobrevoo para seguir o curso do rio e identificar a origem da água barrenta.
“Montaremos uma base em Porto Grande e, neste primeiro momento, faremos o sobrevoo para identificar de onde está vindo a água barrenta. Após localizar a origem, definiremos o trabalho operacional da equipe e dos agentes envolvidos”, explicou o capitão Bryan Fonseca, do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá.
O delegado da Polícia Civil, Walter Ferreira, afirmou que, caso a mudança de coloração esteja relacionada a atividades de garimpo, equipes policiais serão acionadas para garantir o suporte operacional necessário, permitindo que os técnicos sejam levados ao local.
“Ainda não sabemos se o problema foi causado por desabamento de barranco devido às fortes chuvas recentes ou se tem relação com a atividade garimpeira. Esse ponto será analisado durante o sobrevoo do GTA. O trabalho da Polícia Civil, neste momento, é iniciar as diligências preliminares, em colaboração com os órgãos competentes, para identificar as causas do possível dano ambiental”, explicou.
Força-Tarefa
A força-tarefa é composta pelas secretarias do Meio Ambiente, Saúde (Sesa), Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Assistência Social (Seas), Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil. O grupo atuará em parceria com os órgãos municipais na investigação, contenção dos danos e apoio às comunidades afetadas.
Embora ainda não haja registros de famílias atingidas, a área impactada está no Igarapé Água Preta, que deságua no Rio Cupixi, afetando a pesca e o abastecimento de água potável para a população local. Além da avaliação dos danos ambientais, o Governo do Estado acompanha a necessidade de enviar água mineral, kits de alimentos e combustível para a região.
