Academia Amapaense de Letras comemora 70 anos com programação especial

A Academia Amapaense de Letras comemora 70 anos de existência na próxima quarta-feira, 21 de junho. Para festejar o aniversário com o público, foi montada uma programação especial que inclui café da manhã com a imprensa e convidados, palestras, lançamento de livros, além de entrega de medalhas e homenagens.

Serão três dias de evento, que começa no dia 19 e encerra no dia 21 de junho, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), localizado na Avenida Henrique Galúcio, bairro Santa Rita.

Veja a programação

19 de junho

Café da manhã com a imprensa e convidados

Horário: 8h30

20 de junho

Palestras com Dr. Leão Zagury e Ray Cunha

Lançamento de livros

Horário: 19h

21 de junho

Sessão solene e comemorativa com entrega de medalhas, certificados e homenagens especiais

Horário: 19h

Local: Auditório do Senac

História

A Academia Amapaense de Letras foi fundada em 21 de junho de 1953 por um grupo de pessoas que chegou ao Amapá com a implantação do Território Federal. Esses cidadãos, estimulados pelo governador Janary Gentil Nunes, se reuniram e formaram a AAL, contando com 12 membros fundadores e efetivos, além de cinco membros honorários.

Os membros fundadores foram: Benedito Alves Cardoso (presidente), Gabriel de Almeida Café (secretário), João Elias Nazaré Cardoso, Nelson Geraldo Safiatti, Heitor de Azevedo Picanço (bibliotecário), Amílcar da Silva Pereira (tesoureiro), Uriel Sales de Araújo, Célio Rodriges Cal, Oton Aciolli, Mário Medeiros Barbosa, Lício Mariolino Solheiro e Jarbas Cavalcante.

Diniz Henrique Botelho – quando da fundação da Academia Amapaense de Letras em 1953

Os membros honorários foram: Diniz Henrique Botelho, Altino Pimenta, deputado Coaracy Nunes, Hildemar Pimentel Maia e Janary Gentil Nunes.

Durante a fundação, foi aprovado um estatuto e atribuídos os nomes dos patronos para cada uma das cadeiras, que foram: Acylino de Leão, Álvares da Costa, Benedito Cardoso, Coaracy Nunes, Cora de Carvalho, Desidério Coelho, Deusolina Farias, Domingos Maltez, Emílio Goeld, Francisco Torquato, Gabriel Café, Georgenor Franco, Gonçalves Tocantins, Hildemar Maia, Janary Nunes, Jarbas Cavalcante, Joaquim Caetano, Joaquim Diniz, João Azevedo Costa, João Távora, Jovino Dinoá, Lício Solheiro, Manoel Valente Flexa, Mendonça Furtado, Mendonça Júnior, Oscar Santos, Oton Aciolli, Padre Júlio Maria de Lombaerde, Paulo Eleutério Filho, Pauxy Nunes, Paul Ledoux, Reinaldo Damasceno, Roque Pennafort, Uriel Araújo, Valente do Couto, Alexandre Vaz Tavares, Veiga Cabral, Vicente Portugal, Waldemiro Gomes e Walkíria Lima.

Do período de fundação até o final dos anos 80, a academia ficou desativada por quase três décadas, devido a diversos motivos, como viagens dos membros, falecimento de alguns deles e a baixa quantidade de autores ativos. Somente nos anos 1990 a AAL começou a retomar suas atividades.

Em 1988, no dia 31 de agosto, um grupo de membros se reuniu com o objetivo de reativar a Academia, admitir novos integrantes e eleger uma nova diretoria. A que foi formada na época era composta por Nilson Montoril de Araújo (presidente), Dom Luiz Soares Vieira (vice-presidente), Aracy Miranda de Mont’Alverne (secretária), Antônio Carlos da Silva Farias (tesoureiro) e Dagoberto Damasceno Costa (diretor de biblioteca e arquivo).

Na Comissão de Contas foram eleitos: Antônio Cabral de Castro, Antônio Munhoz Lópes e Paulo Fernandes Batista Guerra. Apesar dos esforços, a Academia ainda enfrentou dificuldades e manteve atividades limitadas.

Somente em 2017, incentivados por alguns escritores, Nilson Montoril e os membros remanescentes de 1989 reuniram-se novamente para formar uma nova diretoria e buscar tornar a Academia numa entidade literária atuante e reconhecida culturalmente no estado do Amapá. Essa diretoria foi composta por Nilson Montoril (presidente), Manoel Bispo (vice-presidente), Fernando Canto (secretário), Antônio Carlos Farias (tesoureiro) e Luiz Alberto Costa Guedes (diretor de biblioteca e arquivo).

Vários encontros foram realizados e um edital lançado, resultando na eleição e posse de 12 novos membros, o que permitiu a realização de reuniões e eventos comemorativos do aniversário da AAL, que ocorria na Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda.

A direção e os novos membros, sob a liderança do presidente Nilson Montoril, elaboraram planos de ação para dar continuidade aos trabalhos da Academia. Em 2022, um novo edital foi lançado, permitindo que a entidade preenchesse suas quarenta cadeiras pela primeira vez e planejasse alcançar novos patamares em prol da cultura do Estado.

A diretoria atual é composta por Fernando Canto ( presidente), Paulo Guerra (vice-presidente), Paulo Tarso Barros (secretário) e Benedito Rostan Martin (Tesoureiro)

Com a falta de uma sede própria, as reuniões da Academia Amapaense de Letras ocorrem atualmente na Biblioteca Pública e no Conselho de Cultura.

Fotos: Academia Amapaense de Letras/Divulgação