PF cumpre 14 mandados em operação que investiga organização criminosa do AP; grupo teria movimentado cerca de R$ 40 milhões
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 5, a operação “Peregrino”, que apura a movimentação financeira de uma das principais lideranças do crime organizado no Amapá. O indivíduo foi preso em um apartamento de luxo na zona sul de São Paulo em maio do ano passado. Ele é apontado como o responsável pelo transporte de entorpecentes provenientes do Amazonas, São Paulo e Mato Grosso do Sul, destinados ao abastecimento de atividades criminosas no estado.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, sendo nove em Macapá, nos bairros Perpétuo Socorro, Congós, São Lázaro, Parque dos Buritis e no Centro da capital. Um dos mandados também foi executado no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Outros cinco foram cumpridos na capital paulista.
Durante a operação, três veículos foram apreendidos e houve o bloqueio dos valores movimentados pela organização. A ação contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amapá (Ficco).
Segundo a PF, essa liderança teria movimentado cerca de 40 milhões de reais provenientes do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas. Nos anos de 2022 e 2023, a PF e a Ficco prenderam pessoas em flagrante por tráfico de drogas, utilizando embarcações e aviões comerciais para o envio dos entorpecentes ao Amapá. Em apenas dois flagrantes, foram apreendidos e destruídos mais de 100 quilos de maconha, além de prender os envolvidos.
A operação busca obter mais informações sobre a origem e o destino dos recursos e identificar novos integrantes da organização.
Os investigados podem ser acusados de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que podem resultar em penas superiores a 30 anos de prisão e multa, caso sejam condenados.
Foto: PF/Divulgação