Policial Penal é indiciada por inserir dados falsos no próprio contracheque e desviar mais de R$ 190 mil no AP

A Divisão Especial de Combate à Corrupção (DECOR) concluiu o inquérito policial e indiciou uma polícia penal pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações.

As investigações apontam que, no período de maio de 2017 a agosto de 2023, a servidora, que ocupa cargo de provimento efetivo de policial penal desde o ano de 2005, inseriu dados falsos no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) em 164 ocasiões, fazendo o lançamento indevido de rubricas nas próprias fichas financeiras, a fim de obter vantagem indevida.

Segundo a PC, a indiciada era responsável pelo gerenciamento de informações funcionais dos servidores do Instituto, incluindo os dados relativos à remuneração, o que facilitou os lançamentos indevidos no sistema.

De acordo com o delegado Luã Brito, a direção do Iapen colaborou com as investigações.

“De 2017 a 2023, a indiciada inseriu 164 lançamentos irregulares em seu próprio contracheque. Foram 71 lançamentos a título de adicional de férias de cargo em comissão, 71 a título de 1/3 de férias do cargo efetivo, e 22 a título de auxílio-fardamento, recebendo assim, o montante indevido de R$ 196.175,15 (cento e noventa e seis mil, cento e setenta e cinco reais e quinze centavos). De acordo com a Polícia Científica do Amapá, o SIGRH não bloqueava o número de lançamentos anuais das rubricas, o que permitiu a inserção dos valores mês a mês”, disse o delegado.

Caso condenada, a servidora poderá receber uma pena de reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa, por cada prática criminosa.

Foto: PC/Divulgação