Homem é investigado por estelionato em falsa venda de terrenos em Macapá

A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) deflagrou nesta sexta-feira, 11, a operação “Usurpação”, que investiga um esquema criminoso de falsa venda de lotes de terrenos em Macapá. Um homem, de 28 anos, apontado como cabeça, é alvo da ação.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos bairros Boné Azul, na zona norte, e Buritizal, na zona sul.

A ação teve início após uma denúncia feita na sede da Polícia Federal (PF), em que o homem anunciava a compra e venda de lotes de terrenos em sites/aplicativos. As informações apontam que ele atuava dessa maneira desde o ano de 2020.

Segundo a FTSP, o investigado se intitulava proprietário dos lotes, apresentando documentação falsas para as possíveis vítimas. A documentação utilizada possuía timbre da Prefeitura de Macapá e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá (CREA-AP), o que levava as pessoas a acreditarem no esquema.

O homem se apresentava como funcionário da Prefeitura de Macapá, portando crachá, e alegava ter vantagens relacionadas a possíveis infraestruturas e alvarás para realização de obras sobre os terrenos loteados.

Procurada, a Prefeitura de Macapá não informou se o investigado pertencia ao quadro de servidores públicos.

Os anúncios eram feitos pelo perfil de suposta namorada do investigado, mas que posteriormente era repassado o número dele para prosseguir a tramitação. Em um dos casos, o indivíduo ofereceu à venda um terreno localizado no condomínio Moradas das Palmeiras, com o valor de 20 mil, cujo negócio fraudulento foi efetivado.

Após os contatos prévios, o investigado e as vítimas visitavam os lotes e o contrato era fechado, tudo formalizado em um documento de transferência e autenticado em cartório. Havia nos contratos falsos, documentos supostamente emitidos pela prefeitura da capital com assinaturas falsas de secretários municipais e servidores.

O investigado poderá responder pelos crimes de estelionato, usurpação de função pública e falsificação de documento público. Em caso de condenação, a pena pode chegar até 15 anos de reclusão e mais pagamento de multa.

Veja abaixo a entrevista com o delegado Bruno Belo:

Fotos e vídeos: Polícia Federal/Divulgação