Desnutrição infantil: especialistas do Ministério da Saúde ministram palestra sobre ações de prevenção no AP

Em 2022, o Amapá registrou 9 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais, segundo dados são do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Para traçar estratégias nos municípios, o governo iniciou nesta quinta-feira, 3, no auditório do Conselho Regional de Enfermagem do Amapá (Coren), uma oficina para definir propostas e ampliar a qualificação dos profissionais da Atenção Primária. O evento, que segue até esta sexta-feira, 4, conta com palestras de especialistas do Ministério da Saúde.

De acordo com a secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na primeira infância, a desnutrição tem possibilidade maior de mortalidade, de recorrência de doenças infecciosas, prejuízos no desenvolvimento psicomotor, além de menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta.

“Dentro desse contexto, os municípios são muito importantes porque estão na ponta dos serviços, perto da assistência, da educação, da cultura e das questões sociais. Precisamos incentivar o aleitamento materno, trabalhar as suplementações e a vacinação”, pontuou Tânia Vilhena, secretária adjunta de atenção à saúde.

Para a consultora técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Milena Serenini, é preciso discutir soluções conjuntas para mudar os indicadores da região norte que, no último ano, registrou 328 internações por desnutrição.

“Estamos aqui para construir propostas e, juntos, com apoio do Ministério da Saúde, enfrentar essa situação de insegurança alimentar grave que a região norte apresenta. Precisamos do envolvimento de todos os profissionais para ampliar as ações de prevenção à desnutrição e reverter esse quadro, daí a importância de momentos como esse de integração e troca de saberes”, detalhou. 

Fotos: Gabriel Maciel/Sesa