Chuva forte na madrugada desta quarta, 2, representou 20% do volume esperado para o mês de agosto, diz meteorologista
Muitos amapaenses ficaram assustados na madrugada desta quarta-feira, 2, em Macapá, com a forte chuva acompanhada de raios, trovões e relâmpagos.
Para Francisca Mirada, servidora pública, a noite foi de medo, principalmente pela falta de energia, que foi breve.
“Moro no bairro das Pedrinhas e durante a chuva a energia ainda piscou, fiquei com medo porque era um barulho alto e chuva forte, precisei desligar tudo em casa”, conta a servidora.
O fenômeno foi causado pelo choque entre três grandes sistemas de nuvens de chuva que se formaram sob os céus do Amapá e parte do Pará, chamado Conglomerado Convectivo de Mesoescala (CCM), de acordo com o Núcleo de Meteorologia do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).
O fenômeno é composto por núcleos de nuvens de chuva. Segundo o Iepa, três grandes nuvens foram registradas na região ainda na terça-feira, 1º. A primeira, estava localizada na cabeceira do Rio Amazonas, entre Macapá e o distrito do Bailique, outra próxima a região sul do Estado na fronteira com Almerim; a terceira estava no Arquipélago do Marajó, no Pará.
“Essas três grandes nuvens, com cargas elétricas distintas, se encontraram sob o céu de Macapá, Santana e Mazagão e passaram a se chocar provocando o show de luzes e estrondos” detalha o gerente geral do Núcleo de Meteorologia do Iepa, Jefferson Vilhena.
Segundo o Instituto, tempo seco de estiagem é esperado para a segunda quinzena de agosto, com muito sol e poucos dias de chuva. Os modelos climáticos indicam chuvas dentro da normalidade para a época, com previsão de 90 milímetros de água para o período. A chuva da última madrugada registrou uma média de 20 milímetros, cerca de 20% do esperado para todo o mês.
“Nosso período de estiagem não é um período de seca como muita gente acha. A gente tem mais dias de sol e poucos dias de chuva. A gente pode ter dias de chuva, mas geralmente elas acontecem em forma de pancadas rápidas em áreas muito localizadas”, finalizou o meteorologista.
Foto: Jorge Junior/GEA