Força-tarefa é montada para conter avanço de casos de Covid-19 em aldeias indígenas de Oiapoque

O Governo do Estado coordena uma ação para conter casos da covid-19 nas aldeias indígenas de Kumarumã, Kumenê e Manga, no município de Oiapoque, norte do estado, uma vez que os locais registraram aumentos nos números da doença nas últimas três semanas. A força-tarefa mobiliza mais de 30 servidores da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e Secretaria de Saúde (SESA), entre eles, equipes de vacinadores, clínica médica, de monitoramento, rastreio e testagem. A ação conta com o apoio do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará (Dsei). 

As equipes se deslocam até as localidades na quinta-feira, 25, com vacinas Pfizer contra a covid-19 para reforçar a imunização dos indígenas, além de testes rápidos antígenos, de alta eficiência com resultado liberado em torno de 15 minutos, para rastreio e monitoramento de novos casos. “Sempre estamos monitorando todo estado e, quando necessário, iremos deslocar equipes para realizar todos os procedimentos necessários, nas aldeias contamos com a parceria do DSEI para facilitar o acesso às tribos e continuar monitorando estas localidades”. Afirmou o superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia. 

Aumento de casos

O registro de casos nas áreas indígenas é realizado pelo Dsei que notificou 203 casos nas três aldeias, da semana de 31 de outubro a 6 de novembro. A maior incidência foi na aldeia do Manga com 127 casos; seguida pela Kumarumã, com 52 casos; e Kumenê, com 24. Na semana seguinte, houve uma diminuição nos registros: 19 casos na aldeia Kumarumã e 1 no Manga. Já nos dias 14 a 20 de novembro, 6 casos foram registrados em Kumarumã e 3 no Manga. As ações de saúde ainda incluem o apoio de órgãos como as Polícias Militar (PM) e Rodoviária Federal (PRF) para conscientizar a população indígena sobre deslocamentos desnecessários, o que pode aumentar as chances de contaminação, além do risco de trazer o vírus para as aldeias.

Outras ações

Também será realizado o reforço na capacitação das equipes de saúde sobre a importância de manter as medidas preventivas contra a covid-19 e a melhor estratégia para disseminar materiais informativos nas aldeias. Além disso, será estabelecido um fluxo entre os órgãos de assistência aos indígenas para a rápida notificação de casos suspeitos e confirmados de covid-19 ou outros agravos que possam se configurar como emergências de saúde pública.

Texto: Ascom/Gea