Facção usa Pix de mulheres e faz até 30 entregas de drogas por dia, diz PF
A Polícia Federal (PF) identificou cinco integrantes de uma facção criminosa voltada para o tráfico de drogas, durante a operação “Groff”, deflagrada nesta terça-feira, 11, em Macapá.
A corporação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão realizados nos bairros Novo Buritizal, Araxá, Congós, Universidade e Santa Rita. Ninguém foi preso. Os investigados não tiveram as identidades reveladas.
Segundo a PF, um deles comercializava drogas de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) quando ainda cumpria o regime fechado, dando ordens aos comparsas de fora, que repassava as orientações para as entregas nos bairros.
A PF identificou, ainda, que eram feitas em média 20 a 30 entregas de drogas por dia, cujo chefe da facção encontra-se em liberdade provisória, com indícios de que continua no crime. Ele responde processo por tráfico e porte ilegal de arma de fogo.
Outro investigado já foi alvo da PF, na denominada operação “Bart”, deflagrada no dia 09 de outubro de 2021, que objetivava a repressão do tráfico de drogas. Entretanto, mesmo estando preso, há suspeitas que ele ordena crimes de dentro do Iapen.
A investigação revelou que os investigados utilizavam a “chave pix” com informações de suas companheiras, prática usada para tentar driblar tanto as autoridades, como para não serem identificados pelos compradores. A polícia informou que não é possível afirmar até o presente momento, se há envolvimento dessas mulheres no tráfico de drogas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Em caso de condenação, a pena poder chegar até 30 anos de reclusão e mais pagamento de multa.
Veja abaixo a entrevista com o delegado Carlos Lamoglia:
Fotos e vídeo: Polícia Federal/Divulgação