Audiência pública na CMM debate a exploração de petróleo na costa do Amapá

A exploração de petróleo na costa do Amapá está no centro das discussões no país, inclusive é motivo de crise entre as áreas ambiental e energética do governo central do Brasil. No Amapá, o assunto também não é outro.

Nesta sexta-feira, 26, foi realizada na Câmara Municipal de Macapá, a audiência pública “Exploração do Petróleo na Costa do Amapá – Petróleo Sim, Miséria Não”. As galerias ficaram lotadas.

Conduzida pelo presidente da Casa de Leis, vereador Marcelo Dias (Solidariedade), o evento reuniu vereadores, o prefeito Antônio Furlan, o vice-governador Teles Júnior, o senador Lucas Barreto e o economista Charles Chelala, representando o senador Randolfe Rodrigues, além de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de outros municípios amapaenses. Ambientalistas e ativistas sociais, inclusive do Greenpeace, também participaram da audiência.

Proposta

A audiência teve o objetivo de demonstrar a união da classe política amapaense em torno do tema, fortalecer o debate, dar visibilidade a indignação dos vereadores e demais participantes em relação à decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de negar a licença ambiental para a exploração de petróleo na costa do Amapá.

O evento também deu voz aos participantes divergentes que se posicionam contrário a exploração do petróleo na bacia Amazônica, temendo desastres ambientais.

Marcelo Dias ressaltou que, contrariando a negativa do Ibama, a exploração petrolífera representa um avanço no desenvolvimento econômico e social do Amapá. Ele destacou, inclusive, que desde 2015, a Guiana Francesa explora petróleo na mesma bacia petrolífera que o Amapá pretende explorar.

“Hoje a economia da Guiana Francesa cresceu muito do ponto de visto econômico. A economia daquela região disparou em mais de 40%. O Amapá não pode retroceder e continuar na miséria econômica”, destacou o parlamentar.

O vereador reforçou que a Câmara de Vereadores continua à disposição para sediar novos debates acerca do tema, e garantiu que não se trata de ser contra a preservação do meio ambiente, mas que é necessário levar em conta, além do critério técnico, o lado social da população que vive na região.

Esta semana, a Petrobras reapresentou ao Ibama o pedido para exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas. A Petrobras estima que área de exploração na região deva render 14 bilhões de barris de petróleo.

Por Secom/CMM
Fotos: Jaciguara Cruz/Rosivaldo Nascimento