Cinco investigados são presos em operação contra ratos d’água no Amapá
A Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá (FTSP) prendeu cinco investigados durante a operação “Nereus”, deflagrada nesta sexta-feira, 5, contra assaltantes piratas, mais conhecidos como “ratos d’água”.
A ação tinha como objetivo cumprir 15 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva no bairro Elesbão, na Ilha de Santana e na Comunidade do Ambrósio, todos no município de Santana.
Um dos indivíduos que foi alvo de prisão preventiva é condenado pela participação da morte do navegador neozelandês Peter Blake, em 2001, vítima de latrocínio durante uma ação de quatro ratos d’água em Macapá. Esse investigado e os outros presos na operação não tiveram identidades reveladas.
Segundo a FTSP, das cinco prisões preventivas efetivadas na ação, duas foram através do cumprimento de mandados de prisão preventiva e as outras três foram flagrantes sendo, duas por receptação de tinta naval e uma por porte ilegal de arma de fogo.
As investigações partiram da identificação de inúmeros boletins de ocorrências, dentre os quais, cerca de 40% eram relacionados a furtos e roubos de tinta naval, material bastante utilizado nas embarcações para reparo. Os crimes ocorriam, em maioria, à noite. Os bandidos utilizavam nas ações duas lanchas que ficavam ancoradas na Ilha de Santana, de acordo com a apuração da FTSP.
A operação identificou pelo menos dez pessoas, com fortes indícios de participação nos crimes de assaltos na área ribeirinha e costa do Amapá.
Em uma das ações criminosas, registrada no dia 28 de fevereiro deste ano, os bandidos adentraram a bordo de um navio proveniente do Chipre, fizeram um tripulante de refém ao ser amarrado pelas mãos e pés e ter os olhos vendados e roubaram a tinta da embarcação.
A Força Tarefa levantou, ainda, que o bando estaria utilizando um depósito, localizado na baixada do Ambrósio, em Santana, para armazenar os equipamentos usados nos assaltos e os produtos roubados, como tintas navais, embarcações, lonas e cabos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo e furto qualificado. Se condenados, poderão pegar uma pena de até 28 anos de reclusão mais pagamento de multa.
A FTSP é composta pelas polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF), Militar (PM) e Civil (PC), além do Instituto de Administração Penitenciário (Iapen) e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
A operação Nereus contou também com a participação da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental e Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, Marinha do Brasil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.
Fotos e vídeo: Polícia Federal/Divulgação