Vigilância Epidemiológica investiga casos de doença de Chagas no bairro Marabaixo III
O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Macapá segue fazendo o acompanhamento de casos confirmados e suspeitos de doenças de chagas. Os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) fizeram visitas de vistoria no bairro Marabaixo III para investigar triatomíneos, hospedeiros da doença. Apenas uma residência do bairro recebeu a notificação com 2 casos confirmados e 2 suspeitos.
A busca ativa está sendo feita na área onde o caso foi registrado para tentar encontrar o vetor. O diretor do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) da Semsa, Bruno Barros, destaca que foi explicado aos moradores sobre o vetor, popularmente conhecido como barbeiro, e sobre as formas de infecção. “O próximo passo é realizar ações educativas nas amassadeiras de açaí, ao que tudo indica as pessoas estão se contaminando por ingestão do alimento”, explica.
Os vetores transmissores da doença de Chagas (DC) são os triatomíneos, insetos que se alimentam de sangue. A transmissão vetorial do parasito só acontece se o hospedeiro estiver infectado.
Doença de chagas
Chagas é uma doença de elevada prevalência e morbimortalidade, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi). Apresenta uma fase aguda (sintomática ou não) e uma crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Manifestação da doença
No caso suspeito de Doença de Chagas, o indivíduo pode apresentar febre persistente por mais de 7 dias, com uma ou mais das manifestações clínicas como edema de face ou membros, inflamação dos gânglios linfáticos (íngua), aumento do fígado, aumento do baço, dores no corpo, diarreia, vômito, cardiopatia aguda, manifestações hemorrágicas, icterícia, inchaço de um olho, nódulo avermelhado e endurecido no local da picada do inseto.
Transmissão da doença
As principais formas de transmissão da doença de chagas são:
Vetorial: contato com fezes ou urina de barbeiro;
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
E através da transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados para receptores sadios.
Os casos de transmissão da doença via inseto são raros nas áreas urbanas, porém, a transmissão via ingestão de alimentos contaminados, como açaí, caldo de cana e animais silvestres (caças) é mais comum. Caso a pessoa identifique ou encontre algum inseto suspeito, deve entrar em contato com a Divisão de Entomologia, através do número (96) 99202-5814.
Texto e foto: Ascom/PMM