Funcionária terceirizada é investigada por liberação ilegal de veículos apreendidos pela PRF
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 7, a operação “Pretium”, para apurar os crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa, possivelmente praticados por funcionária de uma empresa responsável por guardar veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão realizado nos bairros Novo Buritizal e Cabralzinho, em Macapá. As investigações iniciaram após denúncias de que a funcionária de uma empresa que presta serviço para a PRF, estaria cobrando valores indevidos para liberação de veículos apreendidos pela corporação.
Segundo a investigação a fraude da seguinte forma:
- Os veículos eram legalmente apreendidos pela PRF e encaminhados para o pátio, administrado por uma empresa terceirizada
- Quando os proprietários se dirigiam até o pátio da empresa, eram recebidos pela investigada, que cobrava uma “taxa” para liberação do veículo naquele momento
- A investigada informava que a taxa era referente à “entrada” e o restante do débito seria enviado posteriormente para ser pago por meio de boleto
Com os valores recebidos, a funcionária realizava o pagamento dos encargos referentes ao pátio, a fim de não levantar suspeitas internas, e se apropriava do restante, de forma que os débitos incidentes sobre os veículos permaneciam em aberto.
Os proprietários faziam transferência via “Pix” na conta da investigada e retiravam os veículos. Mas, quando eram abordados novamente na rodovia, a PRF constatava que o veículo deveria estar no pátio, pois ainda havia débitos.
Há indícios que a investigada enviava comprovantes falsos à Polícia Rodoviária Federal para conseguir a liberação dos veículos.
A PF também identificou que os valores recebidos indevidamente pela mulher, eram repassados a um parente dela, para um outro funcionário da empresa, além de um terceiro. A investigação verificou, ainda, que mais de 20 veículos foram liberados mediante pagamento desses possíveis participantes do esquema. A polícia apura a participação dos indivíduos, bem como de outras pessoas.
Os investigados poderão responder pelos crimes estelionato majorado, falsidade ideológica e associação criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 20 anos de reclusão e pagamento de multa.
Veja abaixo a entrevista com o delegado da Polícia Federal ,Victor D’Amroim:
Veja abaixo a entrevista com o superintendente em exercício da PRF no Amapá, Francimuller Nascimento:
Fotos: Polícia Federal