Caso Raulian e Tielle: foragido se apresenta em julgamento e é condenado a 16 anos de prisão
Foto: Tribunal de Justiça do Amapá
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos acusados pelo atropelamento intencional do lutador Raulian Paiva e a namorada Tielle Alves, que morreu. Elber Nunes Zacheu estava foragido desde 2019, mas se apresentou acompanhado de advogados no julgamento realizado nesta sexta-feira, 2, em Santana.
O réu foi penalizado por todos os crimes que foi acusado: homicídio qualificado, pela morte de Tielle; por tentativa de homicídio, pelo atroplemento do lutador; e lesão corporal, por agressão a um amigo de casal.
Elber foi condenando também a pagar um valor mínimo de reparação para a família da vítima Tieli, no montante de 30 mil reais; e para a vítima Raulian Paiva e para uma terceira vítima, que teria sido agredida durante a discussão. O valor da reparação a ser paga para cada um ficou fixado em 2.850,00 reais e 2.000,00 reais, respectivamente.
Raulian Paiva/Arquivo Pessoal
O outro envolvido no crime identificado como Johny de Souza Amoras, o motorista do carro, foi preso no dia 30 de novembro. Amoras também era considerado foragido desde 2019, quando ele e Zacheu tiveram direitos a responder o crime em liberdade até o julgamento, após apresentação de habeas corpus.
Inicialmente, seriam levados ao banco dos réus os dois acusados pela autoria do crime, porém o Júri precisou ser desmembrado, pois a defesa de um dos réus estava impossibilitada de participar desta sessão de julgamento. O júri do segundo réu ainda não tem data para ocorrer.
O caso aconteceu em outubro de 2018, depois de uma confusão no bar entre as vítimas e os indiciados. Um deles teria assediado a então namorada do lutador.
O casal deixou o local em uma moto e, ao parar no sinal vermelho, a moto em que Raulian e Tieli estavam foi atingida por trás e arrastada. A jovem, que tinha apenas 25 anos, sofreu graves ferimentos devido ao impacto e morreu seis dias depois no Hospital Estadual de Santana.
A dupla chegou a ser presa preventivamente, na época e encaminhada para o Instituto de Administração Penitenciário do Amapá (Iapen).
Johny de Souza Amoras aguarda decisão da Justiça também na unidade prisional.