Delegado da Polícia Civil alvo de operação da PF tem prisão preventiva decretada
Após audiência de custódia, Justiça decide manter preso de forma preventiva o delegado Sidney leite, um dos investigados na operação “Queda da Bastilha”, deflagrada nesta quarta-feira, 14, pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual. O delegado, que estava afastado da função para concorrer a vaga de deputado estadual, deve ser encaminhado ao Centro de Custódia do Zerão, onde também ficarão outros dois investigados da segurança pública.
Oito pessoas foram presas de forma preventiva durante a operação, entre servidores públicos, advogados e presos do regime fechado. “Nós estamos discutindo para o próximo passo”, destacaram os advogados de defesa.
A Polícia Civil do Amapá emitiu nota informando que “Diante das circunstâncias, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil irá solicitar formalmente cópia dos autos do inquérito que apuram a conduta do servidor, com o fito de que sejam adotadas as providências no âmbito administrativo, se de fato, restar caracterizada alguma ilicitude. Ressaltamos, todavia, que a Associação dos Delegados de Polícia do Amapá está acompanhando detidamente o caso e atenta à observância de todos os direitos e garantias constitucionais do servidor, especialmente no que tange à presunção de inocência, ao contraditório e à ampla defesa”.
A nota diz ainda: “Não obstante o respeito à decisão judicial, entendemos como açodada e desproporcional a medida cautelar imposta, considerando que se deu contra servidor público já afastado de suas atribuições funcionais anteriormente, o qual possui residência fixa, não havendo perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, tampouco contemporaneidade dos fatos, consoante os ditames do Código de Processo Penal”.