Amapá notifica dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos; pacientes são crianças
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS/AP) notificou dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos ao Ministério da Saúde. Os casos se referem a duas crianças de Macapá e ambas seguem em isolamento orientado pelas equipes de saúde, além do monitoramento para avaliação dos sintomas.
Primeiro caso
No primeiro caso, a criança de 10 anos apresentou lesões cutâneas na região dos glúteos e membros superiores. O primeiro atendimento aconteceu em uma Unidade Básica de Saúde de Macapá; no dia 24 de agosto, o Município coletou material e enviou para análise, além de notificar a rede estadual sobre o caso.
No dia 25 de agosto, a SVS identificou, por meio de investigação, que a criança já apresentava lesões há mais de 45 dias, não teve contato com caso confirmado ou suspeito, nem histórico de febre ou dor de cabeça.
Após análise visual das lesões, identificou-se que elas não possuem semelhança com as observadas nos casos de varíola dos macacos. Ainda assim, para esclarecimento dos fatos, as amostras coletadas foram encaminhadas para análise laboratorial.
Segundo caso
A outra criança, de 11 anos, deu entrada em um hospital da rede privada da capital. O paciente, segundo investigação, teve contato com caso suspeito que está em investigação no estado do Pará.
O contato entre eles ocorreu durante uma visita ao trabalho da mãe do paciente amapaense, em Macapá. Este caso foi notificado no dia 26 de agosto e as equipes realizaram a coleta de amostras para análise laboratorial.
Varíola dos macacos
Varíola dos macacos é o nome popular da doença monkeypox, cuja transmissão ocorre entre humanos principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas, secreções respiratórias ou objetos contaminados.
A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais e passa por diferentes estágios, podendo se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
A transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes, pessoas com maior risco de contaminação. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
Por Rafaela Bittencourt /Ascom Gea