SVS orienta municípios sobre notificações de casos de varíola dos macacos
Em reunião nesta quarta-feira, 3, a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá discutiu com os 16 municípios do Amapá sobre a identificação e notificação de casos de monkeypox – conhecida popularmente como varíola dos macacos. A reunião é necessária após mudanças de critérios para notificações realizadas pelo Ministério da Saúde.
Sem o vínculo epidemiológico de viagens à localidades com circulação da doença, as notificações compulsórias de casos suspeitos podem ser realizadas com a presença apenas das lesões cutâneas características da doença. Os municípios foram informados sobre a digitação de informações no site para notificação ao Ministério da Saúde e sobre as diferenças da doença de outras que possam ser assemelhar nos sintomas. O momento foi de compartilhar conhecimentos e retirar dúvidas.
Atualmente não há casos confirmados de monkeypox no Amapá. Até então, apenas uma notificação de caso suspeito foi realizada ao Ministério da Saúde. A paciente é uma idosa de 93 anos que se encontra estável e sem necessidade de internação. Ela apresentou histórico de viagem ao Maranhão e ao Distrito Federal.
A SVS-AP reforçou também que atualmente não há medicação indicada para tratamento da varíola dos macacos, assim como vacinas disponíveis – até então, há apenas a avaliação e discussão por parte do Governo Federal para a compra de imunizantes.
“Precisamos que a população entenda que a monkeypox é uma doença transmissível e com seus riscos, mas que não há necessidade de alarde. A transmissibilidade do vírus não se compara ao que é a Covid-19, sendo necessário ter contato direto ou por tempo prolongado com caso confirmado ou suspeito da doença para que ela seja transmitida. Se forem mantidos os cuidados com a higiene e o isolamento dos casos identificados, não há porque se preocupar”, reforça a gerente do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amapá (Cievs/SVS-AP), Solange Sacramento.
Prevenção e sintomas
A doença tem se espalhado pelo Brasil e o mundo, portanto é necessário que a população tenha o cuidado básico com a higiene e mantenha o uso de máscaras.
Evitar o compartilhamento de objetos também é uma forma de prevenção. Quem tiver contato com objetos de pessoas suspeitas ou confirmados, ou o contato direto físico – incluindo sexual – pode buscar atendimento na unidade básica de saúde mais próxima o mais rápido possível para iniciar o atendimento e o isolamento necessário.
Os sintomas da doença podem aparecer entre 11 a até 21 dias após a contaminação. O período de transmissibilidade da doença pode variar de 5 a 7 dias.
Além das famosas bolhas características da doença, febre subida, inchaço nas glândulas laterais do pescoço, entre outros sintomas podem indicar a presença do vírus. As unidades de saúde dos 16 municípios seguem sendo capacitadas para atender a população.
Por Rafaela Bittencourt/ Ascom Gea