Cantora Oneide Bastos lança novo disco nas plataformas digitais no dia 20 de maio
Há cinco décadas, conhecida pela classe artística como a rainha da música da Amazônia, a cantora Oneide Bastos, lança no dia 20 de maio, nas plataformas digitais, disco que exalta a cultura do Amapá, produzido por Dante Ozzetti e contemplado pelo Rumos Itaú Cultural.
E no meu rio / Rio de pedra navego / Meu barco voa sem vela / Rio e navego sozinha. É com esses versos de Pedra de Rio (Luhli, Lucina), que Oneide Bastos abre seu disco, homônimo, que conta através da música, a cultura da região amazônica, e acima de tudo, a sua própria história. O disco tem a produção musical, direção artística e arranjos de Dante Ozzetti e selecionado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020. O disco foi gravado e mixado por Luís Lopes no Estúdio C4AudioLab e masterizado por Carlos Freitas (Classic Master).
Pedra de Rio (Luhli e Lucina), Jurupari (Oneide Bastos), Taemã (Enrico Di Miceli e Antônio Messias), Voou (Paulinho Bastos e Osmar Junior), Alto Mar (Dante Ozzetti e Luiz Tatit), Congá (Paulinho Bastos), Batuqueiros (Paulinho Bastos), Suprema (Joãozinho Gomes e Lula Barbosa), Puçangueira (Joãozinho Gomes e Eudes Fraga), Sereia do Rio-Mar (Joãozinho Gomes, Eudes Fraga e Paulo Oliveira), formam o repertório do disco.
Para Dante Ozzetti, “É um trabalho importante de uma cantora singular, que traduz dentro da sua trajetória o universo amazônico. O repertório escolhido e a forma como o interpreta são convidativos e levam o ouvinte a viajar consigo pela sua história de vida, que entra pelos rios, pela floresta, pela magia, pelo imaginário.” E finaliza, “Ao embarcar nesse canto, conhecemos um Brasil ainda distante para nós. O Amapá é de uma riqueza cultural imensa, e esse projeto proporciona não só essa viagem, mas também a construção de pontes, unindo artistas e compositores de lá, aos daqui de SP.”
Oneide Bastos
Nascida na década de 40, na Ilha dos Porcos, na região do Afuá, no Pará, num braço do Rio Amazonas, Oneide conta que veio ao mundo tão pequena que cabia em uma mão do pai, que desacreditava que ela sobreviveria. Hoje, sem revelar a idade, ela prova que seu tamanho não foi empecilho em nenhuma fase de sua vida, nem para se tornar uma das principais cantoras do Amapá, estado que a acolheu ainda criança e também onde ela formou uma família.
Ao lado do marido Sena Bastos, seu grande incentivador, e dos seis filhos, sendo cinco artistas, Oneide estudou Biblioteconomia e exerceu essa função por alguns anos. No entanto, foi na música que se realizou. Cantava desde muito cedo, mas profissionalmente, sua carreira artística teve início nos anos 70, no grupo “Seono” produzido pelo companheiro, tendo como integrantes: Sena Bastos; Edson Maciel; Noé do Bandolim; Orivaldo e a própria Oneide. Ajudou a fundar o “Trio da Terra” e também integrou o “Quarteto Clave de Sol”. Em 1994, lançou o primeiro disco, “Mururé”.
Mesmo sofrendo com algumas resistências para seguir na música, não em casa, mas fora dela, Oneide nunca desistiu. “Se eu parar de cantar, eu morro”, declara. E finaliza “se meu Sena estivesse vivo, ele estaria orgulhoso, porque agora eu vivo um momento de felicidade plena, glória e eterna gratidão, por estar cantando essa música tão importante para o mundo. Um disco de valor inestimável, pela ideia, proposta e o cuidado e o amor de toda a equipe pela execução, liderada por Dante Ozzetti. Um sopro de luz na minha vida, na minha carreira”.
Matriarca de uma família de artistas que atuam em diversos segmentos da cultura popular, como carnaval, quadra junina, música, dança, candomblé e outros, ela é conhecida por muitos artistas como a rainha da música da Amazônia, por defender essa temática regional há quase cinco décadas e ter a voz como referência para a nova geração.
(Débora Venturini /Venturini Assessoria de Comunicação)